Capítulo 4

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ALEERA

A principio, todos me olham em descriminação, pois viam que o rei não se encontrava, ouço vozes comentando o quanto isso é terrivel.

Outros apoiam ele por eu ser uma selvagem, alguns lordes estão mas ocupados olhando minha beleza, mesmo estando do lado de suas senhoras...

E eu? Eu caminho de queixo erguido diante de tudo isso.

Vejo minha tia a frente, junto com minha prima Eleonor, que está linda grávida, Ludwig e Isolda, uma grande amiga.

É linda, uma guerreira formidável, braço direito de minha tia e eximia estrategista.

Eles me olham, vejo raiva, por saberem da situação em que o rei me colocou, mas vejo algo que me da forças pra continuar. Orgulho.

Vejo o orgulho deles diante de minha atitude, e vejo a admiração de minha tia. Ela me criou, ja que minha mãe morreu tres anos depois que nasci e meu pai quando eu tinha dez anos.

E nesse momento tenho que conter meu sorriso de felicidade, diante de minha familia.

Meu povo.

Chego ao trono sem olhar para traz e de cabeça erguida, logo, o lider dos anciões me olha indignado.

É um velho, assim como os outros quatro que também estão aqui.

Eles são neutros, não pertencem a nenhum reino, apenas estão la para que as leis sejam cumpridas, mas eu nunca os vi em minhas terras.

Deve ser por que temos nossas próprias regras e minha tia mataria eles.

Todos dizem que meu pai foi extremamente temido, um selvagem, barbaro, que deixava um rastro de sangue por onde passava.

Pois eu sempre temi minha tia, do que ele. Posso dizer que ele era misericordioso, em comparação aos atos da senhora do Povo do Norte.

-onde está o rei? - o primeiro ancião fala e Oliver se aproxima.

-lider, mandei um soldado aos aposentos. Breve o rei estará aqui.

-ja era para ele estar aqui. - o ancião fala o obvio. Oliver o encara calmamente.

-eu sei disso. Pelo visto ele que não. Mas como maxima autoridade, assim que ele chegar, diga a ele.

O ancião o olha incrédulo e com raiva por tamanha afronta, mas prefere se calar.

Todos fazem o mesmo, porém, algum tempo depois, ja estão cochichando novamente.

Eu sigo sem olhar para o lado. Não pela situação vexatória que me encontro, e sim por minha tia.

Se ela suspeitar do quanto isso está me afetando, será um banho de sangue.

De repente todos se calam.

É ele.

Que após um momento, chegou ao meu lado, sem se dar ao trabalho de me olhar.

O ancião se manifesta.

-isso é um ultraje, rei!

-e eu ja estou aqui. Vamos logo acabar com isso.

E assim foi feito, e logo estavam nos colocando as coroas, selando nossa união e de nossos povos.

Ele contra vontade pega em minha mão e me encaminha até o trono ao lado do seu, me declarando sua rainha.

O salão imenso do trono, logo se encheu de comida e bebida, deixando todos animados, para falar sobre tudo e principalmente sobre mim.

Rainha - Minha Doce SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora