Rainha - Minha Doce Selvagem

Capítulo 20

ALEERA

-e então, o que achou? — Samira pergunta enquanto me olho no espelho e vejo seu trabalho em meu rosto — Diga algo senhora.

-esta perfeito! Não dá para perceber nada. — ela abre um lindo sorriso e relaxa os ombros — Obrigada, Samira! Agora vamos! Tenho horas de desjejum para enaltecer meu povo e toda essa gente para por palácio a fora. Quero isso o quanto antes.

-senhora, o rei. Acha que ele pode fazer algo? — diz com apreensão.

-ele não vai fazer nada. — a tranquilizo — E como pode ver, sei me defender muito bem.

-estava tão imponente. Na hora fiquei em choque, mas agora, estou impressionada. Como eu gostaria de um dia lutar assim...

Ela já se perdeu em pensamentos faz tempos, tanto que diz mais para si do que para mim, e continua divagando e ansiando por concretizar seus sonhos.

-Samira? — então ela volta a si — O que eu disse ontem, foi verdade. Assim que eu for embora daqui, virá comigo. E vai fazer o que quiser da sua vida. Será livre.

-como eu gostaria... Mas, meu avô jamais permitirá, rainha. — vejo uma lágrima escorrer e ela limpa rapidamente.

-não preciso que ele permita, preciso que você tenha coragem de vir comigo. Sei que isso fará mal a relação de vocês, mas, é sua chance de liberdade. Não vou deixar que abra mão.

Ela me observa buscando alguma falha em minhas palavras, quando não acha, acena um sim com a cabeça, me fazendo sorrir.

-vamos rainha! Está na hora do desjejum e eu também quero ouvir sobre seu povo.

-que breve, será o seu também.

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NOAH

Após observar mais uma vez meu nariz inchado, caminho para a sala do trono, onde vou encontrar a rainha para irmos aos portões do castelo nos despedir desse monte de gente da realeza.

Meu ombro dói, mesmo tendo evitado ao máximo o mexer.

Ainda bem que a única a encostar nele hoje, será aquela mulher, que me deve muitas explicações.

-rei! — o general se curva assim que me vê.

-Oliver! — digo apenas.

-como se sente?

-com dor, mas nada que eu não possa suportar. Mal posso esperar para essa gente ir embora e falar com ela.

-admito que também estou curioso. Vossa majestade sempre teve atitudes fortes, pensei que ela apenas estava tentando sobreviver a você e ao povo, mas pelo visto isso é dela.

-por falar nela...

A observo entrar altiva na sala do trono.

Inconscientemente, busco a marca que lhe deixei na noite anterior, encontrando apenas o seu rosto, adornado por uma bela pintura.

Deveria ter chamado Samira para me ajudar.

Oliver mal soube cuidar de mim.

Está mais linda ainda, com suas belas vestimentas e outra coroa já que aquela está manchada de sangue e tenho certeza que ela irá se recusar a usar.

-General!... Rei!

Esperei ela se curvar. Não o fez.

A guerra que insisti em travar contra ela, finalmente vai ter retaliação.

-sabe que me deve uma explicação sobre tudo que aconteceu ontem...

-meu rei! Ja me falou isso ontem. — diz ríspida.