Rainha - Minha Doce Selvagem

Capítulo 41

ALEERA

-senhora! — ouço ao longe a voz de Samira — senhora! Hora de acordar.

Franzo o cenho e busco abrir meus olhos.

-que foi, Samira?

-hoje a senhora passou do seu tempo de acordar, minha rainha!

Finalmente abro os olhos e quando me movo, meu corpo inteiro se manifesta de forma dolorosa, resultado da noite anterior... Que quando começo a me lembrar, um sorriso involuntário junto com uma queimação em minha face se apresentam.

-o rei mandou lhe avisar que tinha pendências para acertar com o general Oliver e por isso ele teve que ir, mas pediu para trazermos seu desjejum e disse que espera ver a senhora em breve.

-obrigada! — forço meu corpo a se levantar, percebo estar nua, a cama completamente bagunçada e meu cabelo não estava diferente — Samira, vou precisar de ajuda para me arrumar hoje. E pode pedir para prepararem meu banho, por favor?

-rainha, já fizemos isso, mas como a senhora estava em um sono profundo, não notou.

Fico vermelha

-eu... Vou me banhar, então!

Olho em volta, buscando meu roupão.

-senhora? — Samira me chama a atenção e percebo meu roupão em suas mãos, bem longe da cama — Aqui. — ela caminha até mim e me entrega. Me visto, levanto com toda confiança possível, vejo de relance na cama uma pequena mancha carmesim — Eu vou pessoalmente cuidar da troca de seu leito, rainha!

-ainda bem que tenho você, Samira! Agradeço muito por isso.

Sorrio para ela e me direciono para minha casa de banho, assim que a água morna com minha essência de rosas toca meu corpo, eu relaxo, fecho meus olhos e a lembrança da noite anterior me vem a mente.

Quando foi que chegamos a esse ponto?

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NOAH

-eu devo repetir pela quarta vez? Para que meu rei entenda? — Oliver me tira de minhas lembranças da noite passada, porém, não me tira o sorriso — ou devo me calar e o deixar com seus pensamentos?

-eu e Aleera finalmente nos entendemos Oliver! Ela agora é minha mulher! — digo com um sorriso bobo.

-meus parabéns meu rei! Deveria ter sido assim, desde o começo, se não fosse tão cabeça dura.

-claro! — digo irônico revirando os olhos —  o que seria de mim, se não tivesse você para me lembrar de meus erros?

-um homem sem um toque de ironia em suas palavras? — sugere com um sorriso nos lábios e sendo principalmente sarcástico.

-estou feliz, Oliver! Como nunca estive. Aquela mulher foi feita para mim. Eu sempre quis um casamento com amor, achava que só teria isso com Genevieve e, o que eu senti por ela, não chega nem perto do que sinto por Aleera! — suspiro — Como eu fui tolo.

-e agora o rei pode ficar se lamentando ou viver o resto de vossas vidas felizes. O que escolhe?

-tem razão! Assim que possível, irei falar com Genevieve e por um ponto final em toda essa suposta história. Eu já podia ter ido, mas, deito e levanto pensando em minha selvagem, que nem me dei ao trabalho de fazer isso...

-acha que ela vai aceitar tão fácil assim?

-eu tenho certeza. Ela sempre prezou pelo amor, sempre foi sensata. Sei que ela quer meu bem, acima de tudo.

-tudo isso, e mentirosa. — semi-cerro os olhos para meu general em advertência — sinto muito, não tive a intenção...

-obvio que teve. Mas sua sorte é que estou de excelente humor, mesmo assim, não faça de novo. — o advirto. O mesmo da um leve aceno de cabeça, em concordância.