ALEERA
Ela é jogada bruscamente no chão, apoiando-se apenas com a mão esquerda.
Seu nariz está com o sangue seco de dias atrás e ainda se encontra inchado.
Um belo trabalho.
Enquanto mando os guardas se retirarem, pois não sei o que ouvirei e em quem confiar, minha tia e Oliver chegam.
Pelo visto Isolda vai gastar mais tempo no palácio.
Volto minha atenção a mulher a minha frente.
-Genevieve!
-vai para o inferno sua selvagem imunda.
-você tem coragem. Desde que cheguei aqui, não abaixou a cabeça para mim e quando o fez, foi com segundas intenções. Eu te admiro.
-jura? Rainha... — diz com nojo.
-sim. — ela tem coragem e eu admiro isso. Simples assim. A observo por muitos instantes e ela tola, acha que aguardo alguma resposta dela.
-não vou dizer nada.
-nem preciso. — digo indiferente — sei que se deitou com esses homens para ganhar aliados, sei que gosta de poder e sei que seu plano era se tornar rainha, nunca amou o rei! Porém, eu apareci e seus planos tiveram que mudar. Em última instância, atentou contra o rei, e falhou comigo.
-pelo visto não sou só eu que tenho segredos... Devia ter imaginado que uma selvagem como você, saberia lutar.
Ignoro ela.
-a quanto tempo está com Killian, Genevieve? Planejando se casar com o rei, mata-lo e permitir que o rei das Terras Geladas virasse soberano daqui? — a pergunta a desconcerta completamente e eu me sinto vitoriosa — Eu te disse que não precisava que falasse nada. Agora me questiono o que foi esse seu ato: um momento de surto, ou desestabilizar a todos, para que o avanço do rei das Terras Geladas não fosse notado?
-sua selvagem.
-e você é burra! — rosno para ela — seu erro foi achar que tudo estava tão bem, que não se deu ao trabalho de esconder pequenos detalhes, como um brinco, com o antigo brasão das Terras Geladas.
Ela me olha chocada.
-passei horas puxando na mente. Eu sabia que já tinha visto aquele brasão em algum lugar... Minha tia havia me mostrado a muitos anos, um brasão já esquecido. Soube que um rei se incomodava pelo simples fato de apenas parecer um floco de neve, e preferiu mudar, então optou por lobos. Algo muito predominante naquela região.
-mas alguma coisa que eu deva saber? — diz cínica.
-que você tentou, e quase venceu, mas esse reino jamais será seu e de Killian e ele ainda vai perder aquele reino. Você confiou demais nas capacidades do seu corpo e ficou desleixada.
-e você me surpreendeu com as suas. Nunca pensei que fosse conseguir prender o rei entre as pernas, antes do acordo acabar e ele te chutar daqui, como a selvagem que é.
Suas falas chamam a atenção de minha tia, mas eu a ignoro.
Terei tempo mais do que suficiente para lhe dar explicações.
-você falhou Genevieve, foi apenas a amante de alguns homens.
-eu sou mulher do Killian. — grita — Sua nojenta.
-mulher? Killian me parece muito possessivo para dividir o que é seu, com tantos homens.
-ele sabia que era necessário.
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Rainha - Minha Doce Selvagem
FantasíaCansados de uma luta que acabava com muitos mortos e nenhuma vitória, dois reis: um das Grandes Terras, nobre, com suas regras e povo próspero e outro, líder do Povo do Norte, um povo conhecido por serem selvagens, que criaram suas próprias leis...