Capítulo 13

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NOAH

Após um bom tempo me perdendo no corpo de Genevieve, me esquecendo dos problemas que aquela selvagem estava me causando, tendo certeza que agora ela vai se por em seu lugar, ouço baterem a porta.

Deixo minha mulher dormindo tranquilamente, me visto com um roupão e vou até a porta.

E como eu queria não ter ido, pois o que ouço daquele guarda, acaba comigo. Era melhor um anúncio de guerra.

Saio imediatamente e quando entro em seus aposentos, mal acredito no que vejo.

-o que significa isso? — pergunto a Aleera, que antes sorria abertamente e agora fechou completamente o semblante. Aquilo me incomoda, mas jogo esse sentimento para bem fundo em minha mente — Achei que tivesse dito a verdade quando disse que foi criada com nossos costumes, — digo me aproximando — mas pelo visto não, já que esse... — aponto para ele com nojo e o mesmo me encara calmo — Está aqui e todos sabem que homem nenhum — altero meu tom de voz — pode entrar nos aposentos da rainha, somente o rei.

-aé? — o homem se manifesta dando um passo a frente. Lembro dele ser o marido da prima dela, mas não o nome — E vai fazer o que quanto a isso?

Me desafia.

-posso te matar agora mesmo.

-isso seria interessante. Tente então! — diz e abre os braços — Estou ansioso para saber se vai conseguir.

-Ludwig! — ela o adverte e o olha.

Aqueles olhos... Ele parece entender aquela conversa que só eles tiveram naquele instante e relaxa.

-tudo bem, como quiser! A notícia e os presentes estão dados, mal posso esperar para você ir ver sua sobrinha!

Ele diz de forma calma e quando me fita, vejo raiva em seu rosto, então, em pleno desrespeito deixa um beijo na testa dela e tenta passar por mim, como se eu não existisse. Mas o impeço.

-nunca mais — rosno — entre aqui, entendeu?

-então nunca mais, prenda ela! Entendeu?

Ele me quebra tão facilmente, que tenho que me concentrar para não parecer desconcertado.

Selvagem maldito!

Eu deveria cortar sua garganta, mas não dou a mínima para ele, pois minha atenção está na mulher a minha frente.

-você, me desobedeceu. Trouxe esse selvagem para o seu quarto.

-não foi desobediência, já que não sai de meus aposentos, apenas, quebrei uma regra, — diz calma — algo que você vem fazendo, me senti no direito de agir da mesma forma, já que era extrema importância. Para Ludwig vir aqui, odiando esse lugar, eu sabia que era algo sério então, o recebi.

-e agora todos vão falar. — digo ignorando seu argumento válido.

-só mais um comentário rei, e sobre mim obviamente! Sua moral ainda está em alta, não se preocupe, e a minha, desde seu atraso na coroação, está na lama, e nem por isso estou indignada, tanto que o recebi. Deveria ignorar também ... Samira? — só então noto aquela criança no recinto — Leve minhas essências a casa de banho, sim? Quero usa-las o quanto antes. Vai ser perfeito para o baile de primavera. Eleonor acertou em cheio.

-jogou seu nome na lama, por essências. — rosno.

-para saber de minha sobrinha que nasceu. As essências foram só um presente, rei.

-não quero esse homem nunca mais aqui.

-acredite, ele também não quer voltar e provavelmente nem vai...

-Samira, era sua obrigação me avisar o que estava acontecendo e você não o fez.

-disse que não queria ser incomodando por absolutamente nada. Apenas obedeci.

-quando for algo do tipo, — digo indo em sua direção — não obedeça.

Quando estou perto, Aleera entra em meu campo de visão, como se para proteger sua serviçal e eu aceito sua intervenção.

Não era para estar agindo dessa forma com Samira e diante do ato da rainha, me arrependo imediatamente.

Eu nunca fiz isso e ela é apenas uma jovem sonhadora e que realmente apenas me obedeceu.

Mesmo que sua obediência tenha me causado esse grande problema.

Saio dali furioso, vou ter que falar com os guardas para nunca comentar isso.

Mais uma vez fui desafiado.

Como ela ousa? E eu achando que terminaria meu dia tranquilo com ela presa naquele quarto.

-meu rei!

-o que foi? — digo rude a um guarda.

-perdão senhor! Mas um homem na sala do trono insiste em falar com você.

Não pode ser... Será que ele teria tamanha ousadia?

E chegando lá, apenas tive a confirmação.

Eu poderia ir para o trono e impor minha autoridade, mas títulos para esses selvagens e nada, era a mesma coisa, então apenas fui até ele e o encarei de frente.

-o que ainda faz aqui?

-tenho algo a lhe dizer.

-então diga e suma. __ digo

-Aleera desde pequena foi treinada para isso tudo aqui e tenho certeza que ela está fazendo o possível para cumprir o papel que lhe foi dado, mas está óbvio que ninguém aqui está facilitando a vida dela. Ela é uma mulher forte, rei, assim como todas do nosso povo, mas você está conseguindo apagar o brilho dela, com essa insistência em não aceitar que estão do mesmo lado. Você foi obrigado e ela também, você a humilhou no dia da coroação e ela segue fazendo o que lhe foi ensinada. É uma guerra desnecessária. Ela não é sua inimiga, e se alguém tem culpa aqui, são os pais de vocês, que fizeram esse acordo, e acredite, eu culpo meu líder todos os dias por isso, pois com certeza eu preferia estar aqui arrancando seu coração e comendo ele, do que te dizendo essas coisas. Com a sua licença... Rei!

Ele diz com nojo e se vai.

Observo meu mentor e general se aproximar enquanto isso.

-hum! Então esses são os que chama de selvagens? Eles tem mais entendimento do que você que se diz civilizado, não acha?

-Oliver! — digo em advertência.

-você está travando uma guerra sozinho meu rei! Que vai perder. Apenas não reclame quando as consequências vierem.

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Rainha - Minha Doce SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora