Essa história começa num sábado a noite, depois de eu voltar de um péssimo encontro com a garota que vinha saindo nas últimas semanas. Estamos em agosto de 2022, e eu acabei de encerrar os contatos com, provavelmente, a quarta garota do ano. Disse a ela que os sentimentos que eu esperava que surgissem, não surgiram. Que não consegui me conectar com ela, que não conseguia ser completamente verdadeiro, e que, se assim era, eu preferia continuar minha jornada sozinho.
Ela me escutou com um rosto desconfiado. Pensando, a princípio, que eu podia estar brincando, tirando sarro com a sua cara.
Mas não, eu não estava brincando.
Disse a ela.As feições saíram da incerteza e chegaram na frustração:
"Imbecil!", ela deve ter pensado,
"eu depilei minhas pernas antes de sair de casa, seu babaca!"...Espero que ela encontre as forças para me perdoar. As risadas que minha história tirará de suas amigas talvez lhe retribua pela decepção.
Bem, cheguei em casa e não pude deixar a coisa por isso mesmo. Já era a quarta vez do ano... algo não estava certo. As reflexões e insatisfações me explodiam do peito. Precisava colocar tudo isso para fora de algum jeito. Pensei brevemente, e decidi que seria por aqui: por esta tela e este celular. Meus melhores amigos. Talvez os únicos. Com certeza os mais fiéis.
E aqui vamos nós, companheiros, leitores insensatos dos meus devaneios vazios...
Poesia!
Poesia ruim...
Poesia,
ainda assim!
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Meu livreto preto
PoetryAlgumas reflexões de um jovem dessa geração. Dispostos às vezes como poemas, às vezes em prosa, mas sempre como vieram à mente. Perdido num planeta tão grande, e sentindo o peito apertar de ansiedade, confia às palavras, suas melhores amigas, a inti...