É dia 19 de novembro de 2023.
Faz um calor absurdo em Brasília.
Tão absurdo, que nem me lembro de ter sentido tamanha absurdez antes. Sinto-me na beira de um vulcão, nos portões do inferno, ou quem sabe até dos de Cuiabá.... Chega a ser desconfortável estar vivo nessas condições térmicas. Bem, mas não é como se não tivéssemos sido avisados, não é? Há pelo menos 30 anos os ambientalistas vêm nos dizendo que isso iria acontecer. "As temperaturas vão subir, companheiros, façamos algo para controlar essa crescente". Mas a crescente veio, é a verdade.
Especialmente porque, quando penso nessas grandes reuniões, com grandes debates e grandes temas, não deixo de pensar que, ao ouvir a previsão soturna dos cientistas, algum grande empresário, em êxtase, respondeu: "Oba! Vamos vender mais ar condicionados!"...
E o pior, companheiro, é que, de fato: eles venderam.
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Meu livreto preto
PoesíaAlgumas reflexões de um jovem dessa geração. Dispostos às vezes como poemas, às vezes em prosa, mas sempre como vieram à mente. Perdido num planeta tão grande, e sentindo o peito apertar de ansiedade, confia às palavras, suas melhores amigas, a inti...