014 °• Transbordando •°

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Tom

Sei que o quê estou fazendo é errado. Sei que estar tão próximo assim de Ivy é errado. Sei que suplicar para ela transar comigo é errado. Mas não consigo mais me conter. Desde o momento em que eu a vi em meu quarto, com aquele biquíni, a desejei como nunca havia desejado ninguém. Penso que, se ela transar comigo, esse desejo se vá embora.

É o que estou torcendo para que aconteça.

Quando desejamos muito uma coisa e ela realmente acontece, a magia não se esvai? A ansiedade por esperar pelo desejo, não se esvai? Você conseguiu o que queria e o sentindo da vida perde a razão.

Pelo menos, é o que estou torcendo para que aconteça.

Não consigo dormir, comer e nem pensar direito com esse desejo que esmaga todo o meu raciocínio. Por esse motivo, não faço ideia se o que estou fazendo é humilhante. Só sei que é errado. Muito, muito errado. Também sei que Ivy tem sentimentos por mim e deve achar que estou brincando com ela, de novo. Mas não estou. Eu quero mesmo transar com ela. Por isso sou extremamente sincero quando essas mesmas palavras saem de minha boca.

Percebo como seu corpo fica rígido. Paro se beijar seu pescoço e encaro seus olhos castanhos que estão arregalados. Ela não diz nada, apenas me olha com uma expressão de choque. A luz da lua que perpassa a janela ilumina boa parte do seu rosto e sou obrigado a admitir que a Neeson é extremamente linda. Seu rosto corado e sua respiração ofegante são os motivos do meu colapso. Levo minha mão direita até o seu maxilar e acompanho a linha perfeita do seu contorno. A outra mão, levo até a cintura de Ivy, sentindo sua pele quente por debaixo da camiseta que veste. Quero mesmo é arrancá-la de uma vez por todas.

Então, ela me empurra. Bato contra o balcão da cozinha e solto um gemido de dor. Levanto a cabeça a tempo de ver Ivy andando até a sala. A sigo, como um cachorrinho faminto.

- Ivy... o que foi? - pergunto, assim que ela para de costas, com as mãos no rosto, até começar a andar de um lado para o outro.

A observo. Confuso e ainda excitado. Ela mumura algumas palavras indistiguiveis e sinto todos os meus membros formigarem. Não sei até quando aguentarei ficar aqui parado com o desejo de entrar dentro dela em minhas veias.

- Olha, Tom, vou ser sincera com você - ela diz, se sentando no sofá e colocando a cabeça entre as mãos - Muitas garotas adorariam transar com você, e é claro que eu sou uma delas. Sou totalmente obcecada por você e nunca na vida que eu imaginaria Tom Kaulitz implorando para transar comigo. Eu, um mero ser humano sem importância, acho não ser digna de você. Aliás, eu só transei duas vezes com um cara que terminou comigo dois meses depois. E, essas duas vezes, foram horríveis. Não sou uma especialista nisso e você precisa saber, porque, se quer mesmo transar comigo como aparenta querer, não vai ser a melhor transa da sua vida.

Ela para, puxando o ar com força para continuar seu discurso. Estou tentando processar cada frase, mas a velocidade com que Ivy fala me deixa desnorteado. A observo ainda de pé, o cenho franzido e me esforçando ao máximo para digerir tudo.

- E tem mais - ela volta a falar, levantando a cabeça para me olhar. Noto um certo sofrimento em seu rosto - Caso você ainda queira transar comigo, saiba que quero que, amanhã, finja que não fizemos nada. Eu com certeza me tornarei ainda mais obcecada por você e não quero me tornar insuportável para sua pessoa. Além do mais, sei que vou ser mais uma das garotas que você pega e larga. Não me importo, agora. Sou uma ninguém comparada com você e me sentiria lisonjeada se você me fodesse.

Fico boquiaberto. Pisco várias vezes, tentando raciocinar tudo, porque, como eu disse, estou sofrendo por ainda não ter realizado meu desejo. Tento encaixar todas as palavras que Ivy proferiu em minha mente, mas só consigo pensar na última frase. "Me sentiria lisonjeada se você me fodesse". É com esse pensamento que vou na direção de Neeson. Em um movimento rápido, puxo suas pernas para ficarem em cima do sofá, deixando-a deitada. Um grito de surpresa escapa de seus lábios conforme abro suas pernas para ficar entre elas. Agarro sua nuca e puxo sua cabeça em minha direção, colando nossos lábios.

Beijo-a com intensidade e uma fome insaciável por mais. Suas mãos agarraram a gola da minha camisa, me puxando para mais perto. Levo uma de minhas mãos até as sua costas, por debaixo da camisa, com o intuito de tirar seu sutiã, até sentir o engate dele. Sinto uma certa frustração. Paro de beijar Ivy. Ela nota minha hesitação e franze o cenho.

- O que foi? - a ouço perguntar, os lábios inchados e mais rosados que o normal.

- Onde está o biquíni vermelho? - pergunto, fitando seus olhos com todo meu corpo sofrendo pela distância do calor de Ivy.

Seu peito sobe e desce, procurando ar para encher seus pulmões. Ela parece confusa, mas me responde mesmo assim.

- No seu quarto, junto com minhas outras roupas.

Agarro seu braço e a arrasto até os meus aposentos. Avisto o biquíni vermelho vinho e peço para que Ivy vista. Ela parece ainda mais confusa, porém não recusa meu pedido. Vai até o banheiro e a espero com uma inquietação enorme sentado em minha cama. Tiro minha camisa, ficando apenas de cueca. Esses segundos parecem um século. Me levanto, não aguentando mais. Assim que pego no trinco da porta, ela se abre.

Então, vejo Ivy com o biquíni. Me sinto tonto e eufórico. Me afasto, para apreciá-la por inteiro. Estendo minha mão para que ela a pegue. A conduzo até o centro do quarto, sem tirar os olhos da maravilhosa mulher que vejo. Dou a volta por ela, sem deixar escapar nenhuma detalhe. Tocando e observando. O volume de sua cintura, o tamanho perfeito de seus seios, a protuberância nos glúteos...

Estou transbordando de excitação.


𝐀 𝐅Ã𝐗𝐈𝐍𝐄𝐈𝐑𝐀 | ᴛᴏᴍ ᴋᴀᴜʟɪᴛᴢ.Onde histórias criam vida. Descubra agora