Capítulo VII

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— O seu assado está excelente Sr. Von Hoffman. — Luke elogia a comida do meu pai, seu ponto sensível, ele cozinhava bem e gostava quando alguém elogiava.

— Obrigado Griffin, fique a vontade. — O clima a mesa estava um pouco estranho, meu pai e Troy geralmente conversavam muito a mesa, mas naquela ocasião ambos permaneciam em absoluto silêncio.

Luke estava sentado ao meu lado e de frente para Troy, meu pai como sempre comia na cabeceira da mesa.

Não sei muito bem o que se passava pela cabeça daqueles dois, acho que eles pensam que ainda sou uma criança, o que não é muito válido afinal tenho a mesma idade do meu irmão.

— Troy, pega a sobremesa na geladeira. — Meu pai pediu, ele havia feito um delicioso creme de maracujá. Eu adorava tudo o que meu pai fazia.

— Está uma delícia pai. — Falei comendo tudo o que eu podia.

— Obrigado filho. —

— Pode comer mais Griffin. —

— Obrigado senhor, mas já comi o suficiente, tenho que manter a forma. —

— Você é atleta filho? —

— Sim, jogo roquei, sou do time da escola. —

— Entendi, desejo muita sorte e sucesso. —

Após o almoço coloquei meu prato sobre a pia, me surpreendi ao ver Luke lavando o seu prato, mesmo após o meu pai insistir para que ele não o fizesse. Nunca pensei que o playboy badboy não sabia lavar louças, na minha cabeça ele possuía um monte de servos que o serviam em qualquer coisa.

— Vamos subir Luke, temos muito trabalho a fazer. — Digo me dirigindo ao meu quarto.

— Sua família é legal. —

— É eles são. — Fiquei com pena dele afinal nem percebeu o quanto eles estavam sendo prepotentes com ele.

Coloquei outra cadeira na minha mesa de estudo, liguei meu computador, Luke se sentou ao meu lado. Coloque uma música para tocar.

— Espero que você não se importe. —

— Claro que não. — Ele era tão misterioso em todo momento.

Começamos nossa pesquisa sobre a Malásia, se dependesse de mim nossa apresentação duraria um dia inteiro. Enquanto eu fazia o slide, ele olhava pela janela, como se estivesse com tédio.

— Você é trans? — Ele perguntou do nada. Olhei para ele, ele parecia sério, aquela pergunta era um pouco tola, mas ainda assim tive muita paciência em responder.

— Não eu não sou trans, não sou androgêno, não sou travessia. Sou um femboy. —

— E o que é isso? —

— Sou um garoto que gosta de usar algumas roupas femininas além de outras coisas, apenas isso. —

— Mas então você é gay? —

— Sou. E você? —

— Eu o quê? —

— É gay? —

— Não, eu sou hétero. — Falou sem muito alarde, comecei a duvidar dos cenários imaginários que minha fértil mente produzira.

— Qual é a sua com o Blake? — Questionou. Essa série de perguntas eram tão confusas quanto as minhas respostas. Não sei de onde saiu essa sua curiosidade repentina.

— Ashton Blake? —

— Sim. —

— Nada, só somos amigos, eu acho. —

O garoto de saiaOnde histórias criam vida. Descubra agora