Capítulo XL

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(Luke)

Ao voltar para casa depois de ter passado a noite e parte da manhã com meu namorado, ele estava extremamente feliz, no ônibus eu pensava em como minha vida estava tão leve nesses últimos dias, o Harry me faz tão bem, ele é tão perfeito em tantos sentidos. Dormi tão calmamente ontem, nunca peguei no sono daquela maneira, geralmente vou dormir tarde, já que a bagunça em minha cabeça costuma me tirar o sono.

Pensei que essa paz duraria algum tempo, mas estive enganado, ao passar pela porta de minha casa, vejo minha mãe com o telefone em mãos, ela ficou surpresa ao me ver.

— Onde é que você estava? —

— Dormi na casa de um amigo. — Falei e tentei caminhar em direção ao meu quarto.

— E quem foi que deixou você ir? Porque você não falou comigo, não falou com o seu pai, eu estava quase colocando a polícia para ir atrás de você, seu irresponsável. —

— Eu estou aqui não estou? Deixa de drama, não estou com paciência para essa sua ladainha. —

— Perdeu a cabeça? Você está se drogando por acaso? — Ela começou a falar mais alto, alterando a sua voz, histérica como sempre. Parei no meio da escada olhei para trás, minha vontade era mandar ela para o inferno, mas incrivelmente eu ainda tinha algum respeito a ela.

— Eu não estou me drogando, você como sempre insinuando as piores coisas do seu filho. —

— Você me respeita Luke, você mora na minha casa, você usa o meu dinheiro, acho que você deveria ser muito agradecido por tudo que tem. Se não fosse por mim não teria essa sua vida de playboy que você tem. —

— Se não fosse por você? O que você faz da vida além de me infernizar e investigar as puladas de cerca que o meu pai dá quando está cansado de aturar você. — Ao ouvir isso ela me agarrou pelo pescoço, da mesma maneira como ela fez quando eu era criança, suas unhas me feriam, seu olhar estava possuído de raiva.

— Você me respeita, você me respeita que eu sou sua mãe, eu não sou uma vagabunda dessas da rua, minha vontade é de amassar a sua cara seu garoto mal agradecido. —

— Você não é minha mãe, nunca foi minha, nunca quis ser, eu não sou seu filho, disso eu bem sei, sou apenas um artifício seu para segurar o meu pai. Deve ser frustrante para você, fazer de tudo por uma pessoa que te vê apenas como uma governanta. — Ela me empurrou, cai de costas na escada, machuquei minhas costas.

— Eu vou chamar o pastor aqui, você só pode estar possuído, vou fazer ele tirar esse espírito de você nem que seja na base da tortura. —

— Chama quem quiser, só me deixa em paz. —Levantei-me, caminhei até meu quarto sentindo dor, aquela maluca ainda ficou reclamando de algumas coisas, mas não dei muita atenção, entrei no meu quarto tranquei a porta, retirei aquela fantasia me olhei no espelho, eu estava com uma grande mancha avermelhada, com certeza isso viraria um hematoma feio. Decidi que o Harry não poderia ver isso por nada, pois eu não queria o preocupar com meus problemas que eram tantos.

Minha vida era assim, caótica, complicada, tão diferente da sua, sua vida era quase perfeita, seu pai o amava ao extremo, ao ponto de não gostar de mim o que eu entendo, afinal não sou um bom garoto. Tenho alguns objetivos pro futuro e a maioria deles são com o meu baixinho. Eu sou completamente apaixonado por ele completamente louco, pena que nas próximas semanas estaremos mais longe do que nunca, afinal a temporada vai começar e time vai jogar nos estaduais e nos nacionais. Espero que ele entenda.

O garoto de saiaOnde histórias criam vida. Descubra agora