Capítulo XXIII

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(Karen)

— Tem alguma coisa errada. — Digo ao Theo ele estava largado na minha cama, enquanto eu fazia minha unha.

— Com o Harry? —

— Com ele mesmo. — Com certeza ele estava fazendo alguma coisa errada, caso contrário, ele teria nos dito o que estava fazendo, mas preferiu fazer um mistério.

— Devemos investigar? —

— Com certeza. —

— Que tal começar com um interrogatório amanhã? —

— Temos que deixá-lo agir, por isso ele tem que se sentir seguro, ou seja, temos que agir naturalmente. —

— Isso tudo está me cheirando a uma coisa? —

— Acho que sei do que está falando. —

— Luke Griffin. — Isso só me deixava ainda mais preocupada afinal aquele projeto de psicopata poderia estar fazendo algum mal para o meu neném.

— Por que ele tem que ser tão inocente assim? — Indaguei.

— Sim, as redflags bem na cara dele. —

— Chega dá pena do coitado do Ashton, doidinho por ele desde sempre, e o Harry nem liga. —

— Não sei não, mas algo me diz que esses dois vão acabar ficando juntos uma hora ou outra. — Theo sabia tanto quanto eu, como um envolvimento entre Luke e Harry poderia dar errado de tantas formas, o Harry gosta do Griffin isso é nítido, mas isso tudo poderia se intensificar de uma forma que acabasse com o seu psicológico.

— Assim espero, os dois se merecem. —

— Ele apresentou o Harry para o irmãozinho dele, existe coisa mais fofa? —

— Pior que não. —

— Quer saber, a partir de hoje não vou mais dar minha opinião sobre isso, acho que ele precisa ver tudo com os próprios olhos. —

— Uma coisa me incomoda, o Harry é um pouco inocente, mas ele é racional, ele não agiria de maneira tão idiota sem algum motivo. —

— Algum motivo? —

— Acho que ele sabe de alguma coisa sobre o Griffin, alguma coisa que dá esperanças a ele. —

(Ashton)

Meu Domingo estava se resumindo a esperar ansiosamente uma mensagem dele, algo que não acontecia. Essa é a parte ruim de se estar perdidamente apaixonado, em poucos dias vive momentos, que se transformaram em memórias para toda uma vida.

— Que foi bambino? — Minha avó perguntou, estávamos na cozinha, eu cortava umas batatas já para colocar no fogo.

— Nada nonna. —

— Ashton Blake, quem mente cresce o nariz. —

— Isso é paixão, mamãe. — Meu pai chegou na cozinha pegou uma maçã e ficou rindo da minha cara.

— Deixa de perturbar o menino. —

— Henry, qual é o nome do namorado do seu irmão? — Meu pai perguntou ao pentelho do meu irmão, que veio correndo com seu coelhinho que ganhou.

— É Harry. — Falou.

— Quem é Harry? — Minha mãe perguntou ao chegar na cozinha.

O garoto de saiaOnde histórias criam vida. Descubra agora