Capítulo XLIII

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(Harry)

Depois de meses, de dias insistindo nesse relacionamento fracasso, enfim cheguei ao meu limite, eu estava cansado, cansado de esperar pelo Luke, esses dias longe dele me fizeram questionar se ele realmente me amava. Porque como ele pode me amar se passa dias sumido, sem ao menos mandar uma mensagem, e daí que ele está tendo jogos importantes do campeonato, eu era o garoto dele, o seu namoro. Naquela noite lá fora, em frente a minha casa, ele me encheu de promessas, promessas tantas que não cumpriu quase nenhuma. Não nego que ainda o amo, mas não mereço apenas amar e não ser amado.

Tomei uma decisão, quando o Luke chegasse eu teria uma conversa com ele, não tem como manter um relacionamento dessa maneira. Fui muito precipitado e passional, não era pra ter aceitado o seu pedido tão repentinamente, eu poderia ter lhe dado uma chance para que pudéssemos nos conhecer, mas não embarcar em um relacionamento tão depressa. Não sei que aquele era um momento de instabilidade meu, mas eu estava um pouco mal. Nem sei se eu deveria envolver o Ashton nisso tudo, afinal ele não merece nada de ruim.

Mas ele veio, chegou cedo com uma cesta de café da manhã, achei tão fofo quando vi aquela cena, aquele garoto bochechudo e sorridente.

— Oi, olha o que eu trouxe para nós! —

— Entra, meu pai fez um verdadeiro banquete para você. —

— E onde eles estão? —

— Foram a igreja. —

— Eu trouxe um jogo de tabuleiro, se quiser podemos jogar, aí pensei que você poderia não gostar de jogos de tabuleiro, então trouxe um quebra-cabeça. Se quiser montá-lo é claro. — Eu acha legal como ele conseguia me surpreender a cada momento, sua aura era algo espetacular conseguiu melhorar meu humor soturno.

— Nossa faz tanto tempo que não monto um, quando eu era criança meu pai montava comigo, era uma das únicas coisas que gostávamos em comum, já que eu não sou o filho atlético. —

— Realmente de atleta você não tem nada, se parece mais com um príncipe. —

— Príncipe eu? Estou mais para príncipe sapo. — O segurei pelo braço e o levei até a cozinha, o sentei na cadeira e fiz questão de servi-lo, a expressão alegre dele derretia meu coração.

— Ah já ia me esquecendo, o Henry te convidou para o aniversário dele e do porquinho dele. —

— O Ashton Pig? — Ele começou a rir, com certeza um pouco envergonhado.

— É, ele o chama assim. —

— Diga a ele que vou, e vou comprar um presente para ele. —

— Se quiser levar seus amigos fica a vontade, já que vai ter minha família lá. —

Nossa mesa estava tão maravilhosa, acho que havia comida suficiente para um time de futebol inteiro.

— Nossa eu queria sequestrar sua avó para ela fazer comida para mim. — Ashton riu.

— Nunca que eu deixaria, minha nonna é só minha. —

— Você é o menininho da vovó né? —

— Sou, mas tem que manter segredo, ninguém ainda percebeu. — Saboreando as delicias que sua avó fazia, eu esquecia até que fui triste alguma vez na minha vida.

O garoto de saiaOnde histórias criam vida. Descubra agora