Quando o meu relógio marcava cinco da tarde finalmente eu havia acabado o slide. Luke fazia alguma coisa no seu celular.— Então, acho que acabamos o slide. —
— Posso ver? —
— Claro. — Ele olhou cada página e pareceu satisfeito com o resultado.
— Está muito bom. —
— Acho que está faltando alguma coisa. — Digo com essa sensação de que ainda não estava bom.
— O quê? —
— Não sei, o professor falou para sermos criativos. Fizemos um slide. O que mais poderemos fazer além disso? —
— Não sei. —
— A Karen falou que vai levar sushi amanhã. —
— Olha, eu vi um cachorro agora a pouco na sua rua, se você souber preparar, eu posso. — Ele torceu as mãos como se estivesse torcendo um pescoço. Até que sua piadinha foi engraçada, espero que tenha sido uma piada.
— Podemos levar comida da Malásia. —
— E podemos, mas não sei se quero comer. —
— Nem eu. —
— E se levarmos uma bandeira da Malásia também e o hino. Não podemos? —
— Sim, é uma excelente ideia, o problema é conseguir. —
— Ué podemos sair para comprar as três coisas, ainda é dia. —
— Tudo bem, eu peço para o meu irmão nos levar. —
— Não precisa, estou de moto esqueceu? —
— Vou pegar minha mochila. — Eu era assim, enquanto a Karen só andava com sua bolsa eu só andava com minha mochila para onde quer que eu fosse.
Depois de avisar o meu pai que iria sair e depois de sobreviver ao fogo cruzado de olhares dele e do meu irmão, Luke e eu caminhamos até sua moto, ela era alta e muito bonita, brilhava como um pedaço de obsidiana. Luke deveria ter muito cuidado com ela.
— Pode subir. — Meio desajeitado subi em cima da moto, eu nunca havia subido em uma muito menos andando.
— Onde que eu seguro? —
— Onde quiser, nos ombros ou na minha frente. — Achei mais seguro segurar em sua frente, foi então que eu percebi que eu estava o abraçando bem forte e quando ele acelerou meu corpo interior estremeceu. Olhei no velocímetro ele estava a mais de 90 km/h.
— Luke, vai mais devagar. —
— Calma Harry, não sabia que era tão medroso. — Ele acelerou ainda mais, por sorte estávamos em uma avenida longa e reta que dava uma ampla visão. Árvores diversas decoravam as calçadas, o Sol tingia o céu de um laranja quente mesmo em um dia ameno como aquele, o vento frio soprava as folhas que dançavam em direção ao chão.
Olhei o retrovisor para Luke, Ele me devolvia o olhar. O medo passou e deu lugar a uma paz, mesmo em alta velocidade, era como voar, voar pelo chão e olhar para o céu.
Luke virou a esquerda em um caminho conhecido, depois se dirigiu ao estacionamento do shopping. Onde estacionou
— Acho que você já pode me soltar. — Falou sorrindo. O soltei imediatamente e depois desci da moto, arrumei meu cabelo que estava bagunça por conta do capacete.
— Você dirige rápido demais. —
— E você é medroso demais. — Não continuei aquela pequena discussão. Quando ele estava em minha frente, cocei meu nariz e acidentalmente senti o seu cheiro que havia ficado em minha mão, era bom, tão bom, não consigo descrevê-lo, mas era bem mais forte e marcante que o de Ash, mais masculino e rude, assim como o dono.
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O garoto de saia
Teen FictionHarry é um adolescente impulsivo e cheio de segredos, que aprontará bastante com o coração e com o corpo dos dois maiores rivais do seu colégio.