Capítulo XXII

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Na perdição que era ele, eu estava completamente perdido. O seu toque era um deleite, seu perfume um vício e sua boca o paraíso.

— Esse é o melhor dia da minha vida. — Ele falou depois de interromper o beijo, sua face estava carregada de uma alegria aparentemente infinda.

— Por que? —

— Porque o meu namorado está aqui comigo, em cima de mim e eu estou beijando ele — Ele me beija na bochecha e da uma mordidinha suave e puxa um pouco — Eu sempre quis fazer isso. —

— Você é engraçado. — Ri, bobo e surpreso pelo que ele havia feito.

— Você não sabe quanto tempo eu esperei por isso. —

— Isso ainda é tão louco — Falei — Eu meio que sempre fui interessado por você, sempre pensei que você nem sabia que eu existia, e o mais irônico é que você também gosta de mim também. —

— A maior ironia de todas é você ter esperado esse tempo todo pra me beijar. — Naquele ângulo ele era tão perfeito, toquei seu cabelo ele fechou os olhos e apenas aproveitou.

— Posso te contar um segredo? —

— Claro que sim. —

— Eu sou viciado no seu cheiro. — Meu namorado diz e se levanta para me abraçar e cheirar o meu pescoço.

— Como assim? —

— Desde o dia em que estivemos na detenção, seu cheiro é bem marcante, ou então eu me atentei bastante. Mas desde aquele dia eu sinto vontade de cheirar cada pedacinho desse seu corpo perfeito.  — Acho que uma das partes da personalidade do Luke que eu mais gostava era o fato dele ser ousado, ousado em relação a mim, ele me surpreendia isso era tão maravilhoso.

Assim, ele me surpreendeu mais uma vez levantou minha camisa e colocou sua cabeça debaixo dela e beijou meu tórax inteiro. Eu ri bem alto, afinal eu tinha um pouquinho de cócegas naquela região.

— Luke, vai devagar, eu tenho cócegas. — Ele nem ouviu, eu simplesmente senti sua boca agarrar a um de meus mamilos e succioná-lo. Eu gemi um pouco alto, ao ouvir ele me apertou um pouco mais. Até que enfim saiu debaixo de minha camisa.

— Você é perfeito demais. — A forma como ele me dizia isso era como uma bala de canhão em minha cabeça.

— Luke precisamos conversar. — Falei

— Sobre o que? —

— Sobre nós. — Ao ouvir minhas palavras seu sorriso murchou como uma flor no sol escaldante.

— O que foi? —

— É que, tem muita coisa que temos que resolver sabe, eu preciso saber o que você quer, o que você não quer, do que você gosta, do que não gosta. —

— Tudo bem vamos conversar então. — Ele atentou-se a mim.

— Como fica a questão da sua sexualidade em relação a mim e a todo mundo? —

— Bem, eu preferia que mantívessemos o nosso relacionamento em segredo por enquanto, nem todo mundo entenderia, sua família te ama, mas a minha é maluca. — Ele desviou o olhar como se visitasse o passado em sua mente.

— O que foi? —

— Nada, não precisa se preocupar. —

— Por favor me conta, eu sou o seu namorado, eu mando em você. — Vejo um sorrisinho rápido de canto.

— Minha mãe é louca, pirada, não maluca, apenas narcisista mesmo, ela não gosta de mim, só dos meus irmãos mais novos, acho que foi porque meu pai traiu ela na época que ela estava grávida de mim e eu sou parecido com ele. Não sei. —

— Eu sinto muito. — O abracei bem forte e fiz um carinho em sua bochecha.

— Tudo bem, eu nem dou mais importância mesmo, quero é que se exploda. —

— Luke, você é muito passional, tem que deixar de ser assim. —

— Se eu não fosse assim, não estaríamos aqui hoje. —

— Mas você tem que parar, para o seu próprio bem. Eu sempre soube que você era uma pessoa incrível, enquanto todo mundo achava o contrário e vejo que estava certo. —

— Obrigado gatinho, eu não esperaria outra coisa de você, você é um anjo, perfeito demais. —

— Eu não sou perfeito, Luke. —

— É sim, você é perfeito para mim. —

— Eu queria saber também, quando vamos nos ver? Você é tão ocupado com seu time, e passamos a maior parte do tempo na escola. —

— Podemos nos encontrar em outro lugar. —

— Na minha casa não dá certo, meu irmão está lá o tempo inteiro e ele é um fofoqueiro. —

— Pior que aqui também não dá muito certo. Mas eu dou um jeito nisso, pode deixar. —

— Eu queria conversar sobre mim também. —

— Então fala, meu bem. —

— É que eu ainda não estou pronto... — Ele me interrompeu colocando o dedo entre meus lábios.

— Não se preocupe com isso, eu nem pensei nisso na verdade. —

— Sério? —

— É eu pensei sim, tem como não pensar? Você aqui em cima do meu colo é de matar qualquer um. Mas eu só vou tentar qualquer coisa se você quiser, quando você quiser e onde você quiser. —

— Obrigado. — Beijei sua bochecha me sentindo mais aliviado em relação a isso. Afinal eu era virgem, e tinha muito medo de tudo.

Suas mãos pousaram sob minhas coxas, elas adentraram o tecido e ele ficou as alisando bem suavemente, eu me sentia completamente seguro com seu toque.

— Sua pele é tão macia. —

— Você acha? —

— Acho sim. —

Não era difícil sentir a rigidez de seu membro me cutucando por trás, confesso que isso me despertava a curiosidade.

— Luke, quando formos transar você se importa de usar camisinha também? —

— Claro, tudo o que você quiser. — Ele retirou as mãos de baixo de meu short, e as posou sob meus joelhos.

— Fica a vontade. — Digo com o rosto um pouco corado. Ele então volta a tocar minhas coxas, dessa vez ousando subir um pouco mais.

— Suas coxas são lindas. — Ele me disse.

— Lindo é você. — Vou em sua direção e lhe beijo sua mão avança em direção a minha bunda, ele a aperta com um pouco de carinho por cima da cueca.

— Acho que eu tirei a sorte grande. Bem grande na verdade — Ele falou todo convencido, eu estava quase morrendo de vergonha.

— Como assim? — Fingi não saber do que ele falava.

— Você é muito inocente para entender. —

— Me fala. —

— É que além de lindo, você é um gostoso. —

— Você acha? —

— Acho. —

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO






O garoto de saiaOnde histórias criam vida. Descubra agora