Daddy/Mommy Issues

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Estou sentada na mesa da cozinha tomando meu café da manhã enquanto mamãe está esbravejando por causa de algo, papai diz a ela que tudo irá se sair bem no jantar de semana que vem. Assim que levanto vou para meu banheiro escovar meus dentes, passo um gloss de melancia e pego minha mochila. Vou até papai lhe dar um beijo, ele retribui com um carinho em meus cabelos e fecha os olhos ao sentir meus lábios molhados em sua bochecha.  Vou para a parte de fora da nossa linda e confortável Casa.

_ Bom dia, Senhorita Belmont!   Diz o nosso motorista abrindo a porta de trás do carro

Apenas o cumprimento com um  simples gesto e em alguns minutos estamos em frente ao

SVIS – Sainte Victoria Internacional School

Coloco meus fones de ouvido e desço do carro indo em direção ao grande portão escolar. Mal consigo prestar atenção na aula Estou ansiosa demais para o presente que irei ganhar de papai. Sou muito sortuda por ter ele em minha vida! Sei que construiu seu patrimônio do zero. Arthur Belmont, hoje com 42 anos, um homem de 1’81 de alt, 92kg,  Cabelo grisalho aparado e barba baixa bem feita, olhos azuis esverdeados. Logo após ele conheceu mamãe, Helena Fratz Belmont, hoje com 41 anos, uma mulher parda, 1’70 de alt, 67kg, cabelos castanhos escuro, e olhos claros. Papai me contou que foi um casamento arranjado. Disse que foi difícil mamãe engravidar Mas depois de quase quinze anos ela finalmente tinha conseguido... Eu, Sabrina Belmont, hoje tenho 14 anos e estou no primeiro ano do ensino médio, sou branca, cabelo loiro, olhos castanhos, 1’58 de alt, 64kg, seios pequenos (infelizmente) e bumbum p, mas papai diz que sou perfeita, na medida certa, que sou o sonho de qualquer Homem. 

As horas passam e o sinal do intervalo toca e todos saem depressa, mas eu prefiro apenas ficar aqui na minha digníssima paz. Logo depois o sinal toca outra vez e todos retornam, outro professor entra e passa sua matéria e a aula encerra. Saio o mais rápido que posso e fico no portão esperando o Sr Ivan chegar com o carro. Detesto a escola, ninguém gosta de mim e quase nada aprendo nada aqui, por mim estudaria em casa, mas mamãe quer que eu venha.

Assim que chego em casa grito por ele, mas não o vejo, então subo e vou para meu quarto mas ele me dá um susto e antes que eu caia no chão ele me pega no colo e me roda no ar me fazendo rir..

_ Quase me matou de susto, papai!  Digo com a respiração acelerada

_ Peguei você, né mocinha?  Diz me jogando na cama e se deitando entre minhas pernas deixando o pequeno shortinho branco que estou usando por baixo da saia do uniforme a vista

_ Para, vou fazer xixi nas calças, papai.   *Digo entre as risadas que ele me proporciona fazendo cócegas em minha barriga*

_ Noite do cinema? *Digo fazendo uma carinha sapeca*

_ Só se me der um beijo bem gostoso.   *Ele diz piscando para mim*

_ E meu presente, já chegou? *Digo com esperanças que sim*

_Ainda não, queria. Acho que deve chegar só na semana que vem.  *Ele diz se ajeitando*

Então ele deita seu corpo sobre o meu e lhe dou um selinho demorado na bochecha.  Depois que ele desce vou para o banheiro tomar um banho e em seguida vou para a cozinha ver o que estão preparando para o almoço.
Pego uma fatia de tomate e quando Zilda, a empregada percebe já estou comendo, o líquido do alimento escorre pelo canto da minha boca, mas quando eu ia limpar papai chega e passa o dedo e leva a boca, mamãe chega logo atrás..  

_ Bom dia, família!!  Diz ela ainda de Rob

_ já é de tarde, querida!  Papai diz enquanto se retira

_ Hoje irei a inauguração de um bar novo que abriram na cidade, quer ir comigo?   Diz em alto e bom som para que papai a escute.

Mamãe sabe que ele não gosta que ela vá a bares, ela já teve problemas com álcool. Digo que hoje será a noite do cinema e pergunto se ela não quer ficar com a gente, o silêncio pesado pairava sobre o cômodo, enquanto mamãe me fitava com um olhar gélido e distante. Seus olhos carregavam um misto de desdém e desapontamento, como se a minha presença fosse um fardo insuportável. Eu tentava manter a compostura, meus olhos começaram a ficar marejados de lágrimas reprimidas. Eu sabia que nada do que eu dissesse ou fizesse seria capaz de mudar a atitude da minha mãe, mas uma parte em mim ainda nutria uma pequena esperança de ser amada, de ser aceita.
“Cala a boca, sua inútil”, mamãe finalmente quebrou o silêncio, suas palavras cortantes como lâminas afiadas. “Eu nunca pedi por você, nunca quis ter uma filha como você.”

Senti um aperto no coração, a dor da rejeição se manifestando em um nó na garganta. Eu queria gritar, protestar, implorar por uma migalha de amor, mas sabia que seria em vão. Minha mãe era como uma fortaleza inabalável, protegida por muros de ressentimento e amargura.
“Eu não entendo, mãe”, minha voz era um sussurro frágil, quase inaudível. “Eu só queria que você me amasse, que me aceitasse como sou.”

Mas mamãe apenas riu, um riso ácido e cruel. “Você não merece o meu amor. Você é insignificante, uma decepção em todos os sentidos. Eu me arrependo todos os dias de ter dado à luz alguém como você.”

As lágrimas finalmente escaparam dos meus olhos, rolando silenciosamente por minhas bochechas pálidas. Me senti pequena, indefesa, como se estivesse presa em um pesadelo sem fim. A rejeição de mamãe era como um peso insuportável em meus ombros, uma ferida aberta que nunca cicatrizaria. O olhar dela continuava frio e impiedoso, seu desprezo ecoando pela cozinha como um eco sombrio. Eu sabia que teria que aprender a viver com a indiferença dela, a dor da rejeição se tornando uma parte indelével de minha vida.
Me viro para dona Zilda que me ver com lágrimas nos olhos e diz que ela não está em um bom dia. Com raiva pelo desprezo de  mamãe acabo perdendo o apetite e subo de volta para o meu quarto, pego meu fone de ouvido e coloco minha música favorita (what was l madeira for) me deito e deixo as lágrimas rolarem até eu pegar no sono. Quando acordo já está escuro, olho no relógio que fica em minha parede e já são quase sete da noite, por isso que minha barriga está roncando de fome, penso. Desço e encontro papai na cozinha fazendo um sanduíche.

  _ Olha você aí, já ia levar um lanchinho para você!   Ele diz enquanto põe o queijo no pão

_ parece muito bom.

_ Zilda me disse o que aconteceu..  Sua mãe é Assim mesmo, queria.

_ Eu só queria entender porque ela não me ama.

_ mas não liga pra isso, Você sabe o quanto eu amo você, minha bonequinha!!   Ele diz depositando um beijo em meu pescoço fazendo meu corpo inteiro se arrepiar

Ele pega um pouco de suco e eu começo a comer o lanche.  Seu telefone toca e ela sai para atender,  assim que volta diz que irá precisar sair mas que não vai demorar, diz para mim ir escolhendo o filme e assim faço .
Espero por papai mas como já faz quase uma hora que ele saiu e ainda não voltou eu apago as luzes e dou play no filme..       
sem eu perceber ele chega com um balde de pipoca. “Você demorou, achei que não vinha mais.”, “desculpa, coisas de trabalho, meu amor!”
Estamos confortavelmente deitados no sofá gigante da sala, assistindo a um filme de terror no escuro. A luz suave da TV iluminava levemente nossos rostos enquanto nos aconchegavam sob uma manta macia. Enquanto o filme se desenrolava diante de nós, ele desliza sua mão discretamente por baixo da manta, acariciando suavemente minhas pernas que estão em cima das suas. Sinto uma sensação ligeiramente diferente sob seu toque, mas não me afasto, gosto da sensação.
Continuamos assistindo ao filme, mas agora o roteiro e os diálogos pareciam em segundo plano. O toque dele era delicado e ia de minha canela até a parte externa de minha coxa, despertando uma sensação diferente em mim, algo que eu nunca tinha sentido antes.

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