Na Calada da noite

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Dylan narrando

Eu estava deitado na cama, envolto com Sabrina, observando-a enquanto ela parecia distante. Havia algo de estranho em sua expressão, uma inquietação que não era comum nela. O silêncio estava pesado, e eu sentia que algo não estava certo.

— Está tudo bem, amor? — perguntei, tentando quebrar o silêncio.

Ela hesitou por um momento, desviando o olhar.

— Sim, tudo bem! — murmurou.

Eu sabia que ela estava escondendo algo.

— Está tudo bem mesmo? — Ela respirou fundo, claramente lutando com suas palavras.

Finalmente, ela admitiu: — Eu só... Não me sinto confortável quando falo com o Javier.

Entendi o que estava acontecendo. Javier era intenso e as vezes inconveniente, e eu sabia que isso podia causar desconforto em algumas pessoas, especialmente alguém como Sabrina, que já passou por muitas coisas difíceis.

— Javier é assim mesmo, meio intenso e entrão. Mas ele é uma boa pessoa. Nunca fez mal para Allana e nem para mim. É só você conhecê-lo um pouco mais, e verá que ele é assim, mas de um jeito bom. Ok?

Ela me deu um sorriso pequeno, tentando aceitar minhas palavras. Inclinei-me e dei um beijo carinhoso na ponta do seu nariz. — Ok? — confirmei, querendo garantir que ela se sentisse melhor.

Sabrina assentiu, e o sorriso dela retornou, embora um pouco tímido. Nós nos beijamos novamente, e eu senti a língua dela se encontrar com a minha numa dança sensual e envolvente. Ela chupava minha língua com um desejo que fazia meu coração acelerar. A tensão no ar era palpável, e eu comecei a apertar seus seios lentamente, sentindo a intensidade crescente entre nós. Sabrina passou a mão sobre meu membro, sentindo o quanto eu estava duro. Mas, antes que pudéssemos ir mais longe, ela retirou a mão e interrompeu o beijo. 

— Não podemos — disse ela, com um tom que misturava desejo e preocupação.

Eu afundei meu rosto no pescoço dela, sussurrando:  — porra, me deixa louco — enquanto depositava beijos suaves em sua pele sensível.

Ela mordeu o lábio inferior, tentando lidar com a excitação que estava claramente crescendo. — Vou sair rapidinho, mas volto para o jantar, — disse, levantando-me para pegar minha jaqueta preta de couro.

Notei que ela estava um pouco inquieta, algo diferente nos seus olhos. — Está tudo bem! — falei, tentando tranquilizá-la. — É só coisa de trabalho. Ela assentiu com a cabeça, ainda parecendo um pouco perturbada. Dei-lhe um último beijo antes de sair, sabendo que precisava resolver o que precisava sem deixar Sabrina sozinha com seus pensamentos.

Depois de me despedir de Sabrina e sair rapidamente, dirigi até o local combinado. O estacionamento estava vazio, com pouca iluminação. A pessoa já estava lá, encostada em um carro escuro, com a postura relaxada, mas a tensão era palpável.

—  O que você tem pra mim? — disse eu, aproximando-me.

A pessoa levantou a cabeça, seus olhos brilhando na penumbra.  — Ele está prestes a fazer algo grande. Colocou pessoas novas para trabalhar para ele, homens que nunca vi antes.

— Precisamos saber o que é — falei, minha voz tensa. — Esses homens podem ser a chave para entender o que ele está planejando.

— Eu sei.— respondeu, mexendo distraidamente nas unhas. — Ele não falou mais da Sabrina.. falando nisso, como ela está?

— Ela está bem — respondi, tentando ser breve. Não mencionei muitos detalhes.

— Contou pra ela sobre mim? — perguntou, com a cabeça abaixada, seu tom carregado de expectativa.

— Não. Quero poupá-la de preocupações desnecessárias —  expliquei, tentando ser o mais sincero possível sem revelar demais.

— Certo — disse, acenando com a cabeça. — Então, o que mais você sabe?

— Nada de concreto ainda — respondi. — Mas vou continuar investigando. Preciso voltar para casa agora.

— Tá bem. Qualquer coisa te procuro, disse, começando a se afastar.

concordei, antes de me virar e caminhar para o carro.

Entrei e liguei o motor. Acelerei pelas ruas.

SABRINA E O SEU MUNDO SECRETO |+18 Onde histórias criam vida. Descubra agora