Capítulo 39

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"Nós somos os guerreiros que aprenderam a amar a dor."

Jonathan Vitteri

Cazzo! Quem chamou esse figglo de puttana para uma reunião de adultos?- ouço a voz irritada de Eduardo para Liam que sorria zombeteiro.

—Eu fico impressionado com o amor que você não tem a sua vida.- diz Gregório balançando a cabeça em negação.

Estávamos no meu escritório particular na parte de baixo da casa. Mesmo com a limpa em minha casa, temia as escutas aqui dentro, ainda mais depois de uma reunião com todos os membros. Pelo menos os que restaram.

—Senhores, vamos focar na reunião.- pediu Luna.

A chamei para participar, já que ela é uma das poucas que ainda confio na bancada que não existe mais. Sanches e Martinez estavam em sua própria sombra, esperando o momento certo para me atacar.

Agora com essa suposta gravidez de Mirella, não duvido que tenha o dedo de Martim no meio.

Ainda não sei como contarei a Bianca, se essa criança for minha mesmo. Ela ficará arrasada, e eu me sentirei o pior homem do mundo.

—Certo, certo.- Gregório chama nossa atenção logo após tirar o loiro encrenqueiro de perto dos Carbone.- Podemos começar?

—Não sei oque estão esperando.- Rafael da de ombros ingerindo todo o seu conhaque.- Não podemos perder tempo com besteiras senhores. Uma família está na ponta da faca nesse momento.

—Exatamente, e vocês são a faca.- assumo postura pegando seus olhares curiosos para mim.

—Não meu caro, Taylor é a faca.- Liam corrigiu.

—Errado. Taylor é quem está observando tudo sem se intrometer.- alego.- Viram como está a famiglia? Ansiosos para o próximo capítulo. Mesmo com todas as propostas futurísticas da minha esposa, riam e bebiam como se aquilo nunca fosse acontecer, já que a qualquer momento a cadeira pode mudar.

—Isso pode mesmo acontecer Jonathan. Mesmo com a nossa tecnologia de última geração, Taylor se esconde como uma sombra. Não sabemos oque ele está armando no momento.- diz Rafael realmente preocupado com esse meu pensamento.

—Mas sabemos quem ele quer. Não ficaria longe dela por tanto tempo.- Juan se prontifica.

—Acha que ele está aqui?

—O México é grande, e bem dividido. Não duvido que tenha se aliado a antigos sócios nossos.- respondo.- Por isso fui atrás de cada um deles. 

Antes

Respiro fundo sentindo o frio gélido da pequena cidade mexicana. As ruas estavam pouco movimentadas mas via pelo lado de fora o estabelecimento a minha frente tocar músicas altas com luzes piscantes. 

Hoje era a reunião de um dos bordeis mais conhecidos do país, responsável pela circulação da  metade do nosso dinheiro sujo. A outra metade era da Nuestra Familia. 

—Jonathan Vitteri! Nunca imaginei que pisaria aqui um dia.- sou recebido por Carlos, o segundo dono do lugar- Desde o nosso último encontro que não o vejo tão abatido.- diz se referindo ao enterro de meu pai.- Os negócios não estão para lá de melhores não é?  Eu avisei que terminar a nossa sociedade não seria uma boa ideia. 

O homem velho ria sendo acompanhado de seus colegas viciados. Em sua mão havia um charuto que conhecia bem, enquanto na outra uma mulher semi nua o provocava mesmo não tendo sua atenção.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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