amor, meu grande amor

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A/N: terceira parte dos achados. Leiam com muita, muita moderação porque eu não corrigi nada e capítulos sem correção são uma verdadeira bomba nuclear.

 Leiam com muita, muita moderação porque eu não corrigi nada e capítulos sem correção são uma verdadeira bomba nuclear

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A vida é feita de ciclos.

Era frequente que a história de Helô com Stenio fosse naturalmente rodeada de ciclos intermináveis que se reiniciavam após um período de tempo em que passavam separados.

Ela notou que com o passar dos anos, esse período de tempo ficava cada vez mais curto, fazendo os ciclos se repetirem com mais frequência do que era aceitável. Mas outra coisa importante sobre esses padrões, era que uma vez que o ex-marido decidisse invadir sua vida, ninguém poderia pará-lo.

Nem mesmo ela.

Helô simplesmente nunca havia tido forças o suficiente para ficar longe dele, menos ainda para negá-lo algo quando ele estava sendo tão insistente. Ela sabia que era questão de tempo até estarem enroscados um no outro ao ponto de voltarem a se casar ou morar juntos.

Casar com Stenio era ótimo, morar com ele era delicioso, e manter a rotina de acordarem juntos e dormirem juntos, era o que ela mais sentia falta.

Mentira.

O que ela mais sentia falta era o sexo.

Acordar do jeito que ela acordou naquela manhã do dia em que ele foi embora, exausta do melhor jeito possível, completamente marcada de manchas roxas e sentindo cada músculo do seu corpo protestar ao fazer o menor esforço. Ficar o dia inteirinho sem conseguir sentar sem fazer cara feia, se sentindo deliciosamente dolorida entre as pernas.

Tudo isso era ótimo, incrível até.

O que não era nada bom eram os divórcios, as brigas e as separações.

Dessas, ela não sentia falta, e não fazia a menor questão de reviver. Por isso mesmo, ainda sabendo que era questão de tempo até a linha invisível do destino puxar os dois, um em direção ao outro novamente, ela faria tudo para resistir o máximo que pudesse.

Foi isso que a levou a sair de fininho naquela manhã, sem acordá-lo, dirigindo apressada direto para a delegacia.

Mas apesar de tudo estar voltando aos eixos, sentia que algo estava faltando para si. Era um sentimento de incompletude que tomava seu coração e dificultava sua respiração. Isso fazia ela se questionar se todo mundo era capaz de sentir as coisas assim, tão profundamente que gerava um desconforto físico. Que exigia paredes bem construídas e estruturadas ao redor de si para não viver constantemente desmoronando. Que exigia uma armadura tão impenetrável ao ponto de parecer insensível.

Ela evitava ao máximo entrar nesses debates filosóficos consigo mesma, mas sempre que a psicologia de bolso do ex-marido adentrava sua vida, sabia que essas divagações se tornariam mais frequentes.

registro (steloisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora