A/N: Heyy. Tudo bem, queridas? Como vocês estão? Incrível como eu nunca tinha usado a música que deu origem ao nome dessa história como título de um capítulo ainda, não sei se eu já mencionei, mas desde criança eu sou a maior fã de luiza possi que já pisou nesse planeta, e veio dessa ideia do nome registro. Como eu quero ficar um tempo sem escrever esses, eu achei que seria coerente fecharmos com esse.
Essa aqui teoricamente é a continuação do capítulo 112, que curiosamente foi ao ar no meu aniversário do ano passado (eu gostei do presente), mas vou precisar que vocês me deem uma licença poética aqui. A dey me pediu pra escrever esse plot que envolve o Stenio tirando a camisa (não vou dar muito spoiler), aí eu acabei lembrando do capítulo em que a Creusa fala da camisa dele (cap 89 do art 180), e achei que fazia sentido retomar essa conversa aqui. Muito obrigada a dey que mandou essa ideia pra mim, espero que você goste, e um beijão pra julis que é a maior fã desses registros que já existiu e eu tô muito em dívida com ela.
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O gloss deslizou pelos lábios de Helô com facilidade, de um lado para o outro, até que uma camada uniforme do produto pudesse cobri-los.
Ela apertou um no outro para espalhar ainda mais a cor cintilante pelo lábio superior, que era mais difícil de delinear corretamente. Pelo canto do olho, viu a figura do ex-marido encostado no batente da porta de seu quarto, buquê de flores em uma mão e champanhe na outra, observando-a como se a ex-mulher fosse um filme interessantíssimo.
Claro que ela tinha toda uma agenda esta noite, mas nada impedia a delegada de apreciar o dom do advogado de sempre saber exatamente o que ela precisa.
Helô havia convidado Stenio para um jantar, mais cedo naquele dia, com segundas, terceiras e quartas intenções, mas não do jeito que ele certamente deve ter imaginado. Dias antes, o advogado fez algumas perguntas estranhas à ex-mulher, e o assunto ficou rodando na cabeça de Helô, como um quebra cabeça cujas peças vão se encaixando quase sem querer. Se ele queria manter o que quer que fosse em segredo, sabia que não deveria ter perguntado nada a ela, mesmo que por necessidade de um esclarecimento.
Stenio Alencar conhecia Heloísa Sampaio como a palma de sua mão, ela nunca, jamais, deixava algo passar batido.
Pelo que lhe disse, alguém estava claramente sendo chantageado, e a delegada sabia bem o porquê. Podia ser ele mesmo ou então seu infame cliente, mas certamente algum dos dois estava sendo exposto a algum tipo de chantagem, e não precisava ser um gênio para chegar a alguma conclusão sobre o motivo.
Ela apostaria seu distintivo se o maldito inquérito não era a razão.
O problema naquele momento, é que a camisa ridícula que ele usava estava absurdamente apertada, com os dois primeiros botões discretamente desfeitos. As mangas foram dobradas até os cotovelos, deixando à mostra os antebraços deliciosamente tatuados, que eram flexionados de maneira pecaminosa quando o advogado colocou o champanhe em evidência.
