jurados para morrer de amor

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A/N: Achei isso aqui perdido nos meus docs, quem lê o que eu escrevo desde a época do spirit provavelmente não vai encontrar novidade aqui. Escrevi essa (e algumas outras) há quase um ano e meio atrás, algumas vezes antes dos capítulos aos quais elas se referem irem ao ar, então pode acontecer dos acontecimentos estarem diferentes. 

Tentei dar uma reescrevida para ver se ficava melhor, mas essa tentativa também já tem tempo e não tive coragem de corrigir outra vez agora, por isso mesmo, já relevem qualquer erro ou falta de fluidez/coerência nessas cenas (tem 10 mil palavras então me perdoem e já se preparem).


Helô mal podia acreditar que estava mesmo o vendo, em carne, osso e, acima de tudo, respirando

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Helô mal podia acreditar que estava mesmo o vendo, em carne, osso e, acima de tudo, respirando.

Um tanto debilitado e claramente precisando de um descanso, mas vivo.

Duvidou muito nos últimos dias que fosse vê-lo assim de novo, muito menos tê-lo em sua sala de estar. Não perdeu a fé, mas considerou cada cenário possível. Tentou se manter otimista e funcional, buscando pistas e correndo atrás dos pedaços da história que poderiam contar a ela o paradeiro do advogado.

Mas quanto mais as horas se passavam, duras e imperdoáveis, sem saber onde ele estava, mais certeza ela tinha que algo muito ruim estava acontecendo.

E com certeza aconteceu.

Helô só não estava pronta para saber o que o ex-marido realmente havia passado nesses dias, ainda não sentia-se apta a entender o quão perto esteve de perdê-lo. A delegada mal conseguia se mexer olhando-o ser carregado para dentro de seu apartamento em uma cadeira de rodas, o mesmo apartamento que um dia foi deles.

Ficou imóvel pelo que pareceram horas, absorvendo o ar da presença imponente que ela tanto conhecia, mas agora tão fragilizada.

Monteiro levou Stenio em direção ao seu quarto e o ajudou a se deitar na cama com a orientação de Creusa. A delegada permanecia paralisada na sala, onde minutos atrás, tinha voltado a respirar pela primeira vez em dias, sentindo um estranho alívio se dissipar por suas veias e tomar seus sentidos.

Uma breve conversa se desenrolou entre ele e Monteiro, onde o professor contou a Stenio como ela tinha sido responsável por encontrá-lo. A delegada não tinha forças para sustentar o olhar invasivo do advogado, por isso se retirou, não se sentindo merecedora do título de salvadora do dia, não se sentia assim.

Tomou um copo d'água na cozinha, dando instruções a Creusa do que preparar para o jantar.

De volta ao quarto, minutos mais tarde, parou na porta, observando o homem lutar com os botões da blusa que vestia, tentando removê-la, era impossível não se sensibilizar com o estado de vulnerabilidade em que ele se encontrava.

O olho roxo, cabelos desgrenhados, braço enfaixado e apoiado em uma tipoia, um corte no lábio superior e uma sombra escondida em seu olhar, que roubou completamente o brilho que havia ali. Tudo isso, resultava numa imagem extremamente difícil de reconhecer.

registro (steloisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora