Cap. XIV

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Quando Juliette falou obrigada eu fiquei confuso.

Obrigada porque ela gostou ou por por outro motivo, pensei para comigo, mas como eu não quero dúvidas entre nós resolvi perguntar.

- Obrigado  porquê?

- Por não teres desistido de mim, por respeitares o meu tempo.

- Fiz o que tinha que ser  feito.  Nem tudo é no tempo que nós desejamos, mas foi difícil ficar estes dias sem te ver.  Vou fazer-te um pedido,  mas quero que faças apenas o que achares que é bom para ti.

- Que pedido?

- Vem ficar lá em casa. Vem viver comigo e esperarmos juntos o nosso filho.  Lá vais ter também a ajuda da avó Isabel.

- Não é muito precipitado?  Conhecemo-nos há tão pouco tempo.

- Mas já temos um história juntos.

- Posso pensar?

- Claro que sim.  Deves pensar.

Vamos fazer o jantar e ficas  cá hoje comigo?

- Se é desejo das minhas meninas, então eu fico, mas vou pedir jantar, porque eu quero ficar todo o tempo de chamego.  O que queres comer?

- Eu como tudo.  Escolhe tu e pede sobremesa de chocolate.

Jantámos, vimos um filme e fomos dormir.   Na manhã seguinte Rodolffo acordou e foi fazer café enquanto eu me preparei para ir para o trabalho.

Tomamos café juntos e depois cada um seguiu o seu caminho.

Dois dias depois fiz outro ultrassom e descobrimos tal como Rodolffo vaticinou que vinha aí uma Maria Vitória.
Ele não cabe em si de contente e diz que vai contratar o decorador para fazer o quarto dela.

- Podemos fazer um aqui e outro na minha casa, caso não queiras mudar-te para lá.

- Olha, Rodolffo.   Fazemos assim.  Por enquanto eu fico aqui e lá para o oitavo mês mudo para lá, pode ser?

- Pode, mas eu posso ficar aqui algumas vezes?

- As vezes que quiseres.

- Vou ter que lidar com a avó Isabel.  Vai ser um drama.

- Eu preciso ir lá visitá-la.  Há muito que não a vejo.

- Vais sexta depois do trabalho e passas lá final de semana se quiseres.

- Pode ser.  Assim já me vou habituando à casa.

- Quando vais deixar de trabalhar?

- Vou trabalhar até poder.  A Telma ajudou-me tanto e eu nunca poderei agradecer o suficiente.   Como trabalho sentada, não há muito cansaço.  E lá é tranquilo.

Hoje recebemos a notícia de que para a semana é a leitura da sentença do julgamento do médico,  da Iara e do técnico.

Em tribunal foram provados os factos pelo que estou muito esperançosa de que a pena vai ser pesada.

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