Eu protestava com o agente porque queria ir ver Rodolffo e ele não me deixava. Já tinham colocado uma fita a isolar o local é ninguém passava a não ser os paramédicos.
Logo vejo Rodolffo vir acompanhado de um dos paramédicos na minha direcção.
Vinha a segurar um dos braços cuja camisa estava toda suja de sangue.- Está tudo bem, disse ele assim que me viu.
Levaram-no para a ambulância e eu fui atrás dele. Cortaram a camisa e o ferimento não era muito grave. Nada que uns pontos não resolvesse.
Alguns médicos da clínica onde íamos com Miguel já tinha vindo ver se eram necessários, pois o tumulto aconteceu mesmo no estacionamento da clínica.
A doutora Celina estava junto e levou-nos para dentro, após Rodolffo ser liberado.
Pediu a um colega para observar e coser o ferimento de Rodolffo enquanto o pediatra atendia Juliette.
Depois de liberados foram para casa. Juliette conduziu no regresso enquanto Rodolffo seguia atrás com Miguel.
Já em casa ele foi tomar um banho para tirar o sangue seco que tinha no corpo e deitou-se um pouco. Juliette deitou o Miguel no berço e veio juntar-se ao marido.
- Tive tanto medo que aquela louca te matasse. Não sei o que faria sem ti.
- Estou aqui. Já passou tudo.
- Porque foste enfrentá-la? Devias ter esperado pela chegada da polícia.
- Eu só não queria que ela chegasse até vocês. Fui um pouco inconsciente.
- Estás com dores?
- Um pouco.
- O doutor deu uns comprimidos para as dores. Queres tomar?
- Pode ser. Talvez me ajude a dormir um pouco.
- Eu vou ver o que a Fátima fez para comer. Vais comer primeiro e depois dormes.
Eu trouxe uma sopa que ele comeu e depois dei-lhe o comprimido.
- Agora podes dormir. Depois vou buscar a Vitória enquanto a Fátima fica com o Miguel.
Dei-lhe um beijo, fechei as cortinas para o quarto ficar escuro e saí com o Miguel.
Sentei-me à mesa com a Fátima e almoçámos as duas. Contei-lhe o que tinha acontecido e contei também o início disto tudo.
Ficámos ali as duas a conversar até que deu horas de ir buscar a pestinha mais velha.
A caminho do colégio recebi uma chamada do advogado, mas como ia a conduzir não atendi
Estacionei no parque da escola e aí retribui a chamada.
Iara tinha falecido na hora. Rodolffo deveria ter que prestar depoimento, mas ia marcar para dois dias depois. Agora deveria melhorar do ferimento.
Agradeci, busquei a Vitória e regressámos a casa. Pelo caminho fui instruindo-a para que quando chegasse a casa não fizesse barulho porque o pai estava dódoi e estava a dormir.
- Está bem, mamãe. A Vitória não vai fazer barulho.
Eu sabia que não era verdade porque se há uma coisa que ela é, é gostar da bagaceira. Vou tentar mantê-la no andar de baixo.
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Permita-se Amar
Fanfic...e pela rua, lado a lado, somos muito mais que dois (M. Benedetti)