Cap. XV

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Iara foi condenada a dez anos de prisão juntamente com o técnico.

O obstetra porque estava acusado de muitos mais  crimes apanhou vinte e cinco e ainda tem que me indemnizar em 485.000 reais que eu já instruí o meu advogado,  deverão reverter para instituições de crianças órfãs, assim como a indemnização que coube a Rodolffo de 300.000.  Teve ainda a sua licença caçada, não podendo exercer mais medicina.

Nem eu, nem Rodolffo fomos assistir à leitura da sentença.  Deixámos tudo nas mãos dos nossos advogados.

Rodolffo está a coisa mais amorosa comigo.  Nem é ainda meu aniversário já chegou com um lindo presente.

Diz ele que é para comemorar o fim de um pesadelo.  Agora sim, podemos tocar a nossa vida para a frente.

Abri a caixa de veludo e dentro estava um lindo conjunto.

- Vamos sair e comemorar?  Em todos estes meses nunca saímos juntos à noite

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- Vamos sair e comemorar?  Em todos estes meses nunca saímos juntos à noite.

- Vamos onde?  Com esta barriga não tem muito o que fazer.

- Jantamos e vamos curtir uma música ou um cinema.

- Eu prefiro a música.

- Então veste um vestido lindo que combine com estas jóias.

No barzinho onde fomos tinha pista de dança.  A música convidava ao romance.  Vários casais dançavam coladinhos e eu quis também.

Passei os braços pelo pescoço de Rodolffo e ele segurou-me pela cintura enquanto nossos rostos ficavam coladinhos.   Vez ou outra juntavamos os nossos lábios  ignorando tudo à nossa volta.

Já passava das duas da manhã quando saímos do bar, abraçados em direcção ao carro.

Chegados a casa, fomos tomar um banho refrescante e Rodolffo massajou os meus pés que apesar de estar com sapatos sem salto, estavam bastante inchados.

O gel frio aliviou bastante o inchaço dos pés e pernas.  Eu sentia-me cansada, porém extremamente feliz.

...

Neste momento já estou a morar na casa de Rodolffo.   Não mudei aos 8 meses como prometi.  Já estou perto de terminar os nove meses e só vim a semana passada.

O quarto da nossa Maria Vitória está lindo.  Rodolffo fartou-se de gastar dinheiro em coisas sem utilidade, só porque achou bonito.

Já tivemos as nossas brigas por causa disso, mas eu acabo sempre por relevar.   Brigamos  fazemos sexo e fica tudo bem.

A avó Isabel não tem estado bem nos últimos meses.  Surgiu um problema de saúde que a deixou muito em baixo,  mas ela é guerreira e diz que é só um contratempo.

- É ruim que eu não vou poder ajudar a cuidar da minha bisneta, diz ela.  Vou superar e ainda vou ver essa criança crescer e quem sabe ver outros bisnetos também.

Eu e Juliette sorrimos perante estas afirmações e estamos sempre a dar-lhe força.

- Se Deus quiser, há-de ser bem assim conforme ela diz.
Vou ser o homem mais feliz com esta casa cheia de crianças.

- Cheia como?  Cheia é gente que não acaba mais, diz Juliette.

- Aí uns seis.   Está bom pra ti?

- SEIS!!  - Deixa ver se tens febre.  Ainda bem que sabes que isso não é mais possível.

Eu e a avó riamos da cara de espanto  da Juliette,  mas ela apontou para o chão e uma poça de àgua tinha-se formado aos seus pés.

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