Juliette realizava hoje o seu primeiro ultrassom e ao contrário dos de Maria Vitória veio sozinha.
Chorou ao ouvir o coração bater forte e quando terminaram a Dra. Celina perguntou por Rodolffo.
- Não estamos bem.
- Que aconteceu, se é que pode contar?
Juliette desabafou com a médica tudo o que aconteceu.
- Essa mulher nunca vai deixar-vos em paz?
- Neste caso não foi ela. Foi ele que duvidou de mim.
- Sim, mas convicto de que era infértil por conta de um exame falsificado.
- E mesmo depois de descobrir que era falsificado só aceitou com o novo exame. Ainda tenho dúvidas que ele acredite que o filho é dele.
- Devem resolver-se. Não permitam que isso estrague a vossa relação que é tão bonita.
- Quando é que eu posso fazer um teste de ADN?
- Quer mesmo? Podemos fazer antes de nascer mas se fosse eu esperava até ao nascimento. Agora, não é um teste fácil.
- Então eu espero, mas quero fazer logo quando nascer.
- Quer um conselho? Não o prive de vir acompanhá-la. É muito importante para o pai criar ligação com a criança. Não queira que ele tenha mais amor pela Vitória do que por esse. Se vivem na mesma casa, não queira essa diferença.
Juliette chegou a casa e Rodolffo estava no escritório.
Saiu assim que a ouviu chegar.
- Podes castigar-me de todas as maneiras, mas não com os meus filhos.
- Julguei que só a Vitória era tua filha.
- Até quando vai durar isto? Eu já reconheci o meu erro, já pedi perdão, tenho que fazer o quê, mais?
- Nada. Não faças nada. Por favor vai buscar a Vitória ao colégio.
Os dias passaram rápidamente. Juliette fez outros exames e permitiu que Rodolffo estivesse presente.
A gravidez não está a ser tão tranquila com da primeira.
- É por causa do stress que tem passado. O meu conselho é que deixe de trabalhar e repouse bastante.
Juliette ia sair do consultório quando sentiu uma dor abdominal muito forte.
- Aiiiiii, doutora! Está a doer muito.
- Deite-se aqui. Vou examiná-la de novo.
Juliette foi de maca para a sala de observação e logo veio o diagnóstico
A criança ia nascer.- Mas só estou no sétimo mês?
- Pois é. Vamos ter que fazer uma cesariana urgente ou a criança pode morrer.
- Morrer não. Por favor doutora, não deixe ele morrer.
- Juliette! Fica calma. Não faz bem para o nosso filho.
- Vamos anestesiá-la agora. Rodolffo, vai assistir?
- Vou.
- Então vá vestir o equipamento rápido.
Eu fiquei à cabeceira da Juliette, mas ela estava desacordada. Segurei na mão dela o tempo todo e juntei as nossas cabeças.
Mostraram-me o meu menino assim a correr porque tinham que o levar para a incubadora.
No meio desta confusão toda, ainda não tínhamos escolhido o nome dele.
Tenho que esperar que a Juliette acorde para decidir.Levaram a Juliette para o quarto e a médica veio dizer-me que estava tudo bem. A Juliette recuperaria rápido e o bébé precisava ficar na incubadora até completar o tempo, no mínimo.
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Permita-se Amar
Fanfic...e pela rua, lado a lado, somos muito mais que dois (M. Benedetti)