11. O reencontro

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Apos 3 horas de viagem Christopher chegara em San Juan para o enterro de Victor. Foram direto para a casa onde moravam e sentiram certeza saudade de estar ali. Mas infelizmente Victor não manteve a organização nem limpeza da casa, então aquele lugar parecia mais um deposito com tanta sujeira que se encontrava.

-Temos que dar um jeito nisso... - Alexandra falou com a voz embargada

-Por que fariamos isso mãe? - Christopher falou incrédulo

-Porque essa casa agora nos pertence Chris, estava no nome do seu pai mas por direito ela agora é nossa. Nunca finalizamos o divórcio então é direito meu

- Quer dizer que você quer voltar a viver aqui? - ele franziu a testa

-Esse lugar é nosso, filho, já estávamos vivendo no aperto pagando aluguel, essa é uma oportunidade irrecusável - ela respondeu

-Mas agora que já nos acostumamos com a capital vamos voltar a viver numa cidade pequena mãe? - ele parecia não acreditar

-Eu achei que seu coração sempre estivera aqui Christopher - Alexandra falou indicando com a cabeça quem estava se aproximando da casa

-Dulce... - Christopher saiu correndo ao seu encontro pegando ela no colo assim que se aproximaram - como senti sua falta!

-Eu também Chris - ela disse com embargada. Ele a desceu do abraço e ficaram a poucos centímetros de distância.

Sentiam seus corações batendo com força. Depois de tanto tempo achavam não poder sentir novamente a mesma coisa. Mas o que aquilo significava? Eles poderiam se beijar e relembrar os velhos tempos?

-Am... eu sinto muito pelo seu pai Christopher- Dulce quebrou a tensão que havia entre eles

-Tudo bem Dul... ele colheu o que estava plantando ha anos, infelizmente - falou olhando pro chão. Não se permitia chorar pelo Pai que Victor não foi. Na verdade ele sentia raiva.

-Eu sei que ele não foi um bom pai pra você Chris - Dulce o puxou pela mão para sentar no banco da arvore - mas você precisa ser grato pelos momentos que ele foi bom pra vocês. Quando você era pequeno, as vezes que ele te levou pra andar de bicicleta, ou te levou pro futebol... eu sei que ele foi um bom pai, ele só se perdeu em meio aos vícios depois de um tempo. Não se prenda ao que ele fez de ruim pra vocês, guarde na memória o que foi bom, sim?

A essa altura Christopher estava emocionado com as palavras da amiga, depois de tudo o que ele fizera as boas lembranças tinham sido bloqueadas, ele mal lembrava delas...

-Obrigado por isso Dul - lágrimas escorreram de seus olhos - você sempre foi minha... - Dulce engoliu seco- minha melhor amiga - ele completou sem Graça

-Eu prometi que sempre estaria aqui pra você- disse abraçando-o novamente. Se demoraram naquele abraço, sentindo o coração do outro bater com insistência e suas respirações quentes sobre o ombro um do outro.

-Desculpa atrapalhar meninos - Alexandra pigarreou - mas está na hora de irmos pro cemitério

Christopher e Dulce se olharam mais uma vez e cada um se direcionou a seus carros para aquele momento inevitável.

O enterro não tinha muitas pessoas, a familia deles não era próxima e Victor não mantinha bons amigos por perto, o que explicava muita coisa.

Assim que a cerimonia encerrou, a familia de Dulce foi cumprimentar os Uckermanns e eles agradeceram por sempre estarem presentes.

-Em breve voltaremos a ser vizinhos - Ale declarou

-Vocês são sempre bem vindos - Blanca falou dando mais um abraço na amiga.

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O que será que esse reencontro de Dulce e Christopher os reserva?

Será que as diferenças que agora cada um tinha em sua personalidade poderia atrapalhar uma reconciliação?

O primeiro amor (vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora