Capítulo 13

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Jimin

Apesar dos protestos de Jin-ki, decidi que JungKook continuaria cuidando da grama do meu jardim.

Todos os sábados, ele vinha, aparava o gramado e ia para o centro da cidade trabalhar na loja do Sr. Han.

Às vezes ele trabalhava de manhã, outras, tarde da noite.

Não tínhamos conversado novamente desde a minha bebedeira, e achei que era melhor assim.

Soojin sempre brincava com Zeus no jardim, e eu ficava sentado na varanda, lendo um livro.

Mesmo quando o coração está em pedaços, ainda resta uma esperança quando se lê um romance.

Ao virar as páginas, eu pensava que, um dia, tudo ficaria bem novamente.

Eu tinha esperança de que esse dia chegaria logo.

Toda semana, eu tentava pagar JungKook, mas ele se recusava a receber.

Sempre o convidava para comer alguma coisa, mas ele não aceitava.

Um sábado, ele chegou justo quando Soojin estava no meio de uma crise emocional.

Manteve distância e tentou não se meter no assunto.

Ela chorava.

— Não! Papai, temos que voltar! Papai Tae não sabe mais onde estamos.

— Tenho certeza de que ele sabe, querida. Acho que só temos que esperar mais um pouco. Dê mais um tempo para ele.

— Não! Ele nunca demora tanto! Onde estão as plumas brancas? Temos que voltar — dizia ela, desesperada.

Tentei abraçá-la, mas ela se desvencilhou de mim e entrou correndo em casa.

Respirei fundo e, quando olhei para JungKook, vi seu semblante fechado.

Dei de ombros.

— Crianças. — Sorri, mas ele continuou com a mesma expressão séria.

JungKook virou de costas para mim e começou a andar na direção da sua casa.

— Aonde você vai?

— Para casa.

— O quê? Por quê?

— Não vou ficar aqui escutando sua filha choramingar a manhã inteira.

O JungKook cruel estava de volta com força total.

— Céus! Quando eu começo a acreditar que você é uma boa pessoa, você vai lá e faz de tudo pra me lembrar que é mesmo um babaca.

Ele não respondeu, desaparecendo em sua casa escura.

— Papai! — Fui acordado por uma Soojin super agitada, pulando na minha cama. — Papai, é o papai Tae! Ele veio! — gritava ela, puxando-me para que eu me sentasse.

— O quê? — murmurei, esfregando os olhos. — Soojin, nós dormimos até mais tarde aos domingos, lembra?

— Mas papai, papai Tae apareceu! — exclamou.

Sentei-me e ouvi o barulho do cortador de grama.

Vesti uma calça de moletom e uma camiseta e segui minha garotinha, que estava muito empolgada.

Quando saímos de casa, fui tomado pela surpresa ao ver a varanda coberta de plumas brancas.

— Viu, papai? Ele achou a gente!

Breath of Life - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora