Capítulo 45

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Jimin

— Então, vocês estão juntos... Tipo, juntos mesmo? — perguntou Taehyung uma noite enquanto estávamos sentados na gangorra do parquinho. 

Soojin corria com outra criança, e de vez em quando brincava no escorregador e no balanço. 

Já fazia meses desde o incidente com Jin-ki, e, desde então, JungKook estava trabalhando na loja que havia ganhado do Sr. Han, transformando-a em seu sonho.

— Não sei. Quer dizer, estamos bem, mas não sei o que isso significa. Nem sei se preciso saber. É bom tê-lo junto de mim.

Taehyung franziu o cenho.

— Não — disse ele, pulando da gangorra e fazendo com que eu me estatelasse no chão.

— Ai! — gemi, passando a mão na bunda. — Você devia ter me avisado que ia sair da gangorra.

— Mas qual é a graça de avisar? — Ele riu. — Agora, vamos.

— Vamos pra onde?

— Pra loja do JungKook. Essa coisa de “não sei o que está rolando entre nós, mas tudo bem” é um monte de merda e já está me irritando. Vamos exigir respostas dele agora. Vamos, Soojin!

Soojin correu.

— Vamos pra casa, papai?

— Não. Vamos ver o Puto — respondeu Taehyung.

— Você quer dizer o Pluto? — perguntou Soojin.

Taehyung gargalhou.

— Sim, foi isso que eu quis dizer.

Eles começaram a descer a rua, e corri para alcançá-los.

— Acho que poderíamos fazer isso outro dia. Ele está estressado com a loja, trabalhando com o pai e arrumando tudo para a inauguração na semana que vem. Acho melhor não incomodá-lo.

Eles não me deram bola e continuaram no mesmo ritmo. 

Quando chegamos, as luzes da loja estavam apagadas.

— Viu? Ele nem está aqui.

Taehyung revirou os olhos.

— Aposto que ele está dormindo num canto.

Ele virou a fechadura, que estava destrancada, e entrou.

— Tae! — protestei num sussurro. Soojin o seguiu, e eu me apressei em acompanhá-los, fechando a porta atrás de mim. — Não deveríamos estar aqui.

— Bom, talvez eu não — concordou ele, acendendo a luz, iluminando centenas de plumas brancas espalhadas pela loja. — Mas você, definitivamente, deveria estar aqui. — Ele foi até mim e beijou minha testa. — Você merece ser feliz, Minie. — Ele se virou e saiu da loja, deixando Soojin e eu de pé ali.

— Está vendo as plumas, papai? — perguntou Soojin, animada.

Comecei a andar pela sala, tocando as obras de arte de JungKook, que estavam cobertas de plumas brancas.

— Sim, filha. Estou vendo.

— Eu estou apaixonado por você — disse uma voz baixa e grave, forçando-me a virar. 

JungKook estava na porta, com um terno preto e o cabelo penteado para trás. 

Meu coração parecia que ia parar de bater, mas as batidas não importavam naquele momento.

— E eu estou apaixonado por você.

— Vocês ainda não tinham visto meus móveis, certo? — perguntou ele, andando pela sala, olhando cada peça em madeira que ele e seu pai haviam criado.

Breath of Life - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora