JungKook
Eu me sentei ao lado do leito de Soojin e olhei para aquela garotinha que já tinha passado por mais coisas que uma criança de 5 anos deveria experimentar.
Seus pequenos pulmões se esforçavam para inspirar e expirar, seu peito subindo e descendo.
O pequeno tubo em seu nariz trazia lembranças terríveis.
O apito das máquinas em volta dela me recordava da última vez que segurei a mão de Sun.
— Ela não é Sun — murmurei para mim mesmo, tentando ao máximo não comparar as duas situações.
Os médicos disseram que Soojin ficaria bem, que só levaria um tempo até ela acordar, mas eu não conseguia parar de me preocupar e de me lembrar da dor em minha alma.
Peguei a mãozinha dela e me inclinei sobre o leito.
— Oi, Fifi. Você vai ficar bem. Só queria que você soubesse que vai ficar bem, porque conheço seu pai, e sei que você tem a mesma força dele. Então, continue a lutar, tá? Continue lutando, e depois quero que você abra os olhos. Quero que você volte para nós, Fifi. Preciso que você abra os olhos — supliquei, beijando a mão dela.
As máquinas começaram a apitar bem rápido.
Aquilo me provocou uma pontada no peito.
Olhei em volta.
— Alguém me ajude! — gritei.
Duas enfermeiras entraram correndo.
Levantei e cedi espaço para elas.
Isso não pode estar acontecendo de novo.
Não pode est...
Virei-me de costas e comecei a rezar.
Eu nunca fui do tipo religioso, mas tinha que tentar, só para o caso de Deus estar me ouvindo naquele dia.
— Pluto — murmurou uma voz bem baixinha.
Corri de volta para Soojin.
Seus olhos castanhos estavam abertos, e ela parecia confusa, perdida.
Peguei sua mão e olhei para as enfermeiras.
Elas sorriam, e uma disse:
— Ela está bem.
— Ela está bem? — repeti.
Elas assentiram.
Ela está bem.
— Meu Deus, Fifi, você me deu um susto — falei, beijando sua testa.
Ela inclinou a cabeça um pouco para o lado.
— Você voltou?
Apertei a mão dela.
— Sim, eu voltei. — Ela tentou falar, mas ainda respirava com dificuldade, e começou a tossir. — Devagar. Respire fundo.
Ela obedeceu e se acomodou no travesseiro, os olhos sonolentos.
— Achei que você e Zeus tinham ido embora pra sempre, como o papai Tae.
Ela estava quase dormindo, e aquelas palavras partiram meu coração.
— Estou aqui, querida.
— Pluto? — sussurrou, os olhos quase fechando.
— Sim, Fifi?
— Por favor, não vá embora de novo.
Sequei as lágrimas e pisquei algumas vezes.
— Não se preocupe. Eu não vou a lugar algum.
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Breath of Life - Jikook
FanfictionComo superar a dor de uma perda irreparável? Todos me alertaram sobre Jeon JungKook. "Fique longe dele", diziam. "Ele é cruel." "Ele é frio." "Ele é perigoso." É fácil julgar um homem pelo seu passado. Olhar para JungKook e ver um monstro. Mas eu...