Jimin
Adeus
— Não — sussurrei na sala de espera, diante do médico.
— Sinto muito. Ele não sobreviveu à cirurgia. Nós fizemos todo o possível para estancar a hemorragia, mas não conseguimos... — Os lábios dele se moviam, mas eu não escutava.
Meu mundo tinha sido roubado de mim, minhas pernas fraquejaram.
Tentei me sentar na cadeira mais próxima.
— Não — murmurei de novo, cobrindo o rosto com as mãos.
Como ele pôde ter partido tão rápido?
Como ele me deixou aqui sozinho?
Não, Taemin...
Antes da cirurgia, segurei a mão dele.
Disse o quanto o amava.
Beijei-o pela última vez.
Como ele pôde ter partido?
O médico pediu licença e saiu da sala, mas eu sequer o notei.
Hye-jin e Ho-san apareceram alguns minutos depois, tão arrasados quanto eu.
Ficamos muito tempo no hospital, até que Ho-san disse que precisávamos ir embora, tínhamos que começar a planejar o enterro.
— Encontro vocês em casa — eu disse a eles. — Soojin está na casa de Taehyung, graças a Deus. Vocês podem buscá-la?
— Aonde você vai? — perguntou Hye-jin.
— Só quero ficar aqui mais um pouquinho.
Ela franziu o cenho.
— Querido...
— Não, de verdade, estou bem. Vou embora daqui a pouco. Será que... será que vocês podem esperar um pouco pra contar a ela?
Hye-jin e Ho-san concordaram.
Fiquei horas na sala de espera, sem saber o que estava esperando.
Parecia que todos ali estavam fazendo exatamente isso: aguardando uma resposta às suas orações, esperando um milagre.
Num canto, vi uma mulher mais velha chorando muito, totalmente sozinha, e acabei me aproximando dela.
Ela estava machucada, coberta de hematomas, como se tivesse acabado de sobreviver a algo terrível.
Mesmo assim, seus tempestuosos olhos escuros me assombravam.
Eu não deveria interromper aquele momento de espera, mas não consegui me conter.
Abracei-a, e ela não me mandou embora.
Ficamos assim por algum tempo, desabamos juntos.
A enfermeira veio informar à mulher que seu neto e seu genro tinham saído da cirurgia, mas que o estado deles era muito grave.
— Você pode vê-los. Pode visitá-los no quarto, mas eles estão inconscientes. Apenas para a senhora saber. Mas pode segurar a mão deles.
— Como eu... — A voz dela estava trêmula, as lágrimas caíam. — Como posso escolher quem eu vou ver primeiro? Como eu...
— Eu fico com um deles até a senhora chegar — ofereci. — Eu seguro a mão de um deles.
Ela me pediu que ficasse com o genro.
Quando entrei no quarto, senti um arrepio no corpo todo.
O pobre homem estava sem cor no rosto. Parecia quase um fantasma.
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Breath of Life - Jikook
FanfictionComo superar a dor de uma perda irreparável? Todos me alertaram sobre Jeon JungKook. "Fique longe dele", diziam. "Ele é cruel." "Ele é frio." "Ele é perigoso." É fácil julgar um homem pelo seu passado. Olhar para JungKook e ver um monstro. Mas eu...