Jimin
— Estão dizendo por aí que você está trepando com aquele idiota — falou Taehyung ao telefone alguns dias depois do pesadelo de JungKook.
Eu não o tinha visto desde então, mas não parava de pensar nele.
— Jura que estão dizendo isso?
— Não, mas eu preferia que fosse isso em vez de Jin-ki choramingando que você deixou outro cara cortar sua grama, embora eu tenha oferecido o Ed para aparar o seu matagal. Mas, me conta, você está bem? Devo me preocupar que nem o Jin-ki?
— Eu estou bem.
— Porque aquele JungKook é um babaca, Minie. — Era triste perceber a preocupação em cada palavra que ele dizia.
Eu odiava o fato de ele estar preocupado comigo.
— Eu só converso com ele — eu disse baixinho. — Sobre Taemin, só converso com ele.
— Você pode conversar comigo também.
— Sim, eu sei. Mas é diferente. JungKook perdeu o marido e o filho.
Taehyung ficou em silêncio por um momento.
— Eu não sabia disso.
— Duvido que alguém saiba. Acho que as pessoas o julgam pela aparência.
— Olha só, Minie. Vou dizer uma coisa que você pode não gostar, mas ser seu melhor amigo significa que tenho que ser honesto com você, mesmo quando não quer ouvir. É triste, muito triste saber que JungKook perdeu a família. Mas como você consegue confiar nesse cara? E se ele tiver inventado essa história?
— O quê? Ele não inventou essa história.
— Como você sabe?
Porque os olhos dele são assombrados como os meus.
— Por favor, não se preocupe, Tae.
— Amigo... — Taehyung suspirou ao telefone. Por um momento, pensei em desligar, algo que nunca tinha feito com ele. — Você acabou de voltar à cidade, sei que está sofrendo. Mas esse tal de JungKook é uma pessoa ruim. Ele é violento. E acho que você precisa de estabilidade na sua vida. Você já pensou em fazer terapia ou algo do tipo?
— Não.
— Por quê?
Porque, supostamente, a terapia ajuda a pessoa a seguir em frente, e eu não queria seguir em frente.
Eu ansiava por voltar ao passado.
— Olha, preciso ir. Falamos depois, tá?
— Minie...
— Tchau, Tae. Te amo. — Amava mesmo, apesar de não estar gostando muito dele naquele momento.
— Também te amo.
Assim que desliguei, fui até a janela observar o entardecer.
Uma tempestade se formava.
Uma parte de mim gostava disso, porque a grama ia crescer mais rápido com a chuva – o que significava que JungKook teria que voltar logo para me ver.
No sábado à noite, eu me sentei na varanda com a caixa em formato de coração da mamãe e li pela milésima vez suas cartas de amor.
JungKook estava cortando a grama, o que não poderia me deixar mais feliz.
Quando Jin-ki estacionou o carro na frente da casa, guardei tudo e escondi a caixa num canto.
Senti um estranho constrangimento ao me dar conta de que Jin-ki estava prestes a dar de cara com JungKook ali.
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Breath of Life - Jikook
FanfictionComo superar a dor de uma perda irreparável? Todos me alertaram sobre Jeon JungKook. "Fique longe dele", diziam. "Ele é cruel." "Ele é frio." "Ele é perigoso." É fácil julgar um homem pelo seu passado. Olhar para JungKook e ver um monstro. Mas eu...