Capítulo 16

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Rodolffo acordou por volta das cinco da madrugada.  Depois de uma noite em que o objectivo era tranquilizar a Ju, ele estava angustiado pela partida.  Juliette levantou-se quando ele e tentava não parecer triste.

Tinham tido uma despedida cheia de amor e queria recordar-se dela assim.

Enquanto ela tomou banho, ele foi para casa dos pais fazer o mesmo.  A sua mãe já tinha preparado o café.

Ele foi buscá-la e tomaram café os quatro.  Juliette ajudou Camila a arrumar tudo e esta entregou-lhe uma cópia da chave de casa.

- Para alguma eventualidade,  Juliette.

Saíram e fecharam tudo.

Os pais de Rodolffo despediram-se da Juliette e entraram no carro.  Este levou-a até casa dela e beijou-a, demonstrando a saudade que ia ficar.

- Quando chegar ao Porto, eu ligo-te.  Cuida de ti e tem cuidado na estrada.
Hoje o Guilherme vai contigo.

- Eu podia ir sózinha.   Faz boa viagem e não me esqueças.

- Esquecer?  Nunca.  Ainda não parti e já tenho saudades.  Cuida dos teus pais.

Ficaram abraçados em silêncio durante um tempo.  Rodolffo beijou-a e fez-lhe um afago no rosto.

- Vou com o coração partido por não ficar para te ajudar, mas realmente não posso.

- Vai em paz.  Eu cá me hei-de arranjar.

- Amo-te, - disse ele e beijou-a de novo.

- Também te amo.  Não esqueças de ligar.  Agora vai, não te atrases.

Rodolffo virou costas e foi.  Antes de   entrar no carro ainda lhe mandou um beijo que ela apanhou e guardou no coração.

Quando o carro desapareceu ao fundo da rua, Juliette entrou em casa e começou a juntar as coisas que precisava para a viagem a Vila Real.

Pelas 10 horas acordou o pai, preparou-lhe o café e saiu.  Passou na vizinha Maria e pediu que fosse lá mais tarde ver o pai e verificar se ele tinha comido.

Conforme combinado,  Guilherme estava à espera dela.

- Não é preciso ires, Guilherme!

- Eu prometi ao Rodolffo que ia, então eu vou.  Não me custa nada.  Ele já foi embora?

- Sim.  Está madrugada.

- Se fosse eu nada me impedia de ficar.

- Cada um tem a sua vida e as suas responsabilidades.

Juliette não gostou desta observação de Guilherme.   Entrou no autocarro, sentou-se à janela e assim que partiram, ela fechou os olhos.

Fez a viagem toda em silêncio alegando não ter dormido.

Chegaram ao hospital, Juliette foi autorizada a ver a mãe, falou com o médico de plantão que não lhe disse nada de novo e saiu para regressar a casa.

- Juliette,  importas-te que pare ali no centro para comprar uns queijos e umas alheiras?

- Fica à vontade, Guilherme.   É o mínimo que posso fazer para te agradecer.

Em pouco mais de duas horas estávamos a estacionar o carro em frente à minha casa.

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