Capítulo 25

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Juliette e Rodolffo casaram a 14 de Dezembro em Macedo.  Uma cerimónia simples apenas com os pais como testemunhas.  Juliette assim como Rodolffo escolheram um vestuário bem casual que em nada se assemelhava a trajes de noiva.

Terminada a pequena cerimónia foram almoçar os quatro e depois os pais regressaram a Chacim de táxi, enquanto Rodolffo e Juliette seguiriam para a Serra da Estrela onde iam passar a sua lua de mel.

Durante a viagem Rodolffo ia dizendo:

Queria levar-te ao estrangeiro,  mas talvez na próxima.   Por agora vamos aproveitar a neve na serra.

- Amor!  Eu adoro a Serra da Estrela.  E estando contigo, qualquer lugar serve.


- Logo a seguir ao Natal,  começo a trabalhar na Clínica.

- O nosso primeiro Natal juntos.

- Pois é, mas espero que no próximo haja pelo menos um menino Jesus connosco.

- Quem sabe.

Escolhemos Belmonte para ficar hospedados.

Lá fora está um frio descomunal, mas dentro do hotel o ambiente é muito aconchegante.

Fizemos passeios por Manteigas, Sabugueiro, Covilhã e subimos à Torre, bem lá no alto.

Tivemos sorte no dia em que subimos pois estava um sol primaveril.  Habitualmente está vento e nevoeiro.  Fomos ver os viveiros de trutas em Manteigas e comprámos algumas lembranças.

Quando estamos felizes o tempo passa depressa e logo era hora de regressar a casa.

Saímos bem cedo do hotel.  Ainda queríamos passar na linda cidade de Castelo Branco onde nos deliciámos com um belo almoço.

Dali fomos em direcção a Vila Nova de Foz Côa.  Rodolffo ainda não conhecia o Vale do Côa nem tinha visto as gravuras rupestres.

Finda esta tarefa regressámos ao carro.

- Que lindo este vale, Juliette.

- É mesmo.

- Ainda bem que não construíram a barragem e optaram por preservar as gravuras.

- Agora vamos embora para não termos que viajar de noite.

Chegámos a casa e meus pais estavam à nossa espera para jantar.

- Como foram as férias?

- Óptimas - respondeu Juliette.

- Tomara que tenham aproveitado bem e que tenham feito a minha netinha.

- Mãe!!  Assim envergonhas a Juliette.

- Deixa, Rodolffo.   Já está encomendado, minha sogra.

- Agora do que estão à espera?  Já casaram  têem casa, emprego, cão, gato e periquito, só falta mesmo uma criança.  E eu preciso ocupar os meus dias.  Aqui na aldeia não há muito que fazer.

- Comece a fazer o enxoval.  Botinhas,  casaquinhos de lã e mantas.

- Ah pois começo sim senhora.  Já tenho ali umas lãs que me trouxeram a semana de Macedo.

- E ensina-me?  Eu só sei começar a colocar a lã na agulha.
Daí para a frente é só ladeira abaixo.

- Com certeza que sim.

Juliette tinha ganho uma conexão grande com Camila durante os dias em que conviveram após o regresso do Luxemburgo.   Passaram muitas tardes a conversar sobre os mais diversos assuntos.

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