Juliette e Rodolffo casaram a 14 de Dezembro em Macedo. Uma cerimónia simples apenas com os pais como testemunhas. Juliette assim como Rodolffo escolheram um vestuário bem casual que em nada se assemelhava a trajes de noiva.Terminada a pequena cerimónia foram almoçar os quatro e depois os pais regressaram a Chacim de táxi, enquanto Rodolffo e Juliette seguiriam para a Serra da Estrela onde iam passar a sua lua de mel.
Durante a viagem Rodolffo ia dizendo:
Queria levar-te ao estrangeiro, mas talvez na próxima. Por agora vamos aproveitar a neve na serra.
- Amor! Eu adoro a Serra da Estrela. E estando contigo, qualquer lugar serve.
- Logo a seguir ao Natal, começo a trabalhar na Clínica.- O nosso primeiro Natal juntos.
- Pois é, mas espero que no próximo haja pelo menos um menino Jesus connosco.
- Quem sabe.
Escolhemos Belmonte para ficar hospedados.
Lá fora está um frio descomunal, mas dentro do hotel o ambiente é muito aconchegante.
Fizemos passeios por Manteigas, Sabugueiro, Covilhã e subimos à Torre, bem lá no alto.
Tivemos sorte no dia em que subimos pois estava um sol primaveril. Habitualmente está vento e nevoeiro. Fomos ver os viveiros de trutas em Manteigas e comprámos algumas lembranças.
Quando estamos felizes o tempo passa depressa e logo era hora de regressar a casa.
Saímos bem cedo do hotel. Ainda queríamos passar na linda cidade de Castelo Branco onde nos deliciámos com um belo almoço.
Dali fomos em direcção a Vila Nova de Foz Côa. Rodolffo ainda não conhecia o Vale do Côa nem tinha visto as gravuras rupestres.
Finda esta tarefa regressámos ao carro.
- Que lindo este vale, Juliette.
- É mesmo.
- Ainda bem que não construíram a barragem e optaram por preservar as gravuras.
- Agora vamos embora para não termos que viajar de noite.
Chegámos a casa e meus pais estavam à nossa espera para jantar.
- Como foram as férias?
- Óptimas - respondeu Juliette.
- Tomara que tenham aproveitado bem e que tenham feito a minha netinha.
- Mãe!! Assim envergonhas a Juliette.
- Deixa, Rodolffo. Já está encomendado, minha sogra.
- Agora do que estão à espera? Já casaram têem casa, emprego, cão, gato e periquito, só falta mesmo uma criança. E eu preciso ocupar os meus dias. Aqui na aldeia não há muito que fazer.
- Comece a fazer o enxoval. Botinhas, casaquinhos de lã e mantas.
- Ah pois começo sim senhora. Já tenho ali umas lãs que me trouxeram a semana de Macedo.
- E ensina-me? Eu só sei começar a colocar a lã na agulha.
Daí para a frente é só ladeira abaixo.- Com certeza que sim.
Juliette tinha ganho uma conexão grande com Camila durante os dias em que conviveram após o regresso do Luxemburgo. Passaram muitas tardes a conversar sobre os mais diversos assuntos.