Capítulo 20

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Eu tentei fazer com ela algumas actividades de Outono no campo, de modo que ela se sentisse mais descontraída.

Além da castanha também fomos apanhar nozes.

Ela encomendou um trator de lenha, porque vem aí o Inverno e é necessário que a lareira esteja sempre acesa.  Eu ajudei os entregador a arrumá-la, porque se não fosse eu,  de certeza ela metia as mãos na massa.

Confesso que gosto muito do Inverno.   No Luxemburgo neva bastante, mas eu adoro.  Aqui dizem que já não neva tanto como antigamente mas eu espero ainda ver alguma neve.

- São mais geadas, - diz Juliette.  Olha as fotos do ano passado.

  Olha as fotos do ano passado

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- Azevinho

- Olha que lindo o azevinho.

- Se estiveres cá algum Natal, vamos a Mirandela.  Em todos os jardins há imenso azevinho com as suas bolinhas vermelhas e se estiver gelado, fica assim.

- Claro que vou estar cá em muitos Natais.  Quero muito e de preferência com os nossos filhos.

Juliette olhou para ele e sorriu.

- Quantos?

- Os que tu quiseres dar-me.

Era meio da tarde.  Lá fora ventava.  Os animais estavam alimentados e tratados.

Juliette acendeu a lareira, fez um chá e ofereceu uma caneca a Rodolffo.

- Chá de cidreira que eu apanhei no final da primavera.

Sentados em frente à lareira, tomaram o chá e depois ela aninhou-se no colo dele.

- Sabes que já falam por eu estar aqui?

- Não me importo.  Não devo nada a ninguém a não ser favores aos meus amigos e esses não me julgam.
Se me fosse importar com os mexericos estava aqui sózinha.

-  Amanhã é domingo.  Queres ir a algum lado?

- Não.   Quero aproveitar todo o tempo contigo aqui.  Só tenho mais dois dias, não quero gastá-los a andar de carro.

Ele apertou-a contra o peito e beijou-a.  Juliette estendeu uma manta no chão e ali fizeram amor.

Ninguém os viu nos dias seguintes.  Não fosse o fumegar da  chaminé e todos diriam que ali não morava ninguém.

Acordaram terça feira de manhã e não queriam sair da cama.  Rodolffo partia triste por deixá-la e Juliette ficava triste porque ia estar sózinha.

- Promete que não vais deixar-te ir abaixo.  Vais continuar forte como mostraste estes últimos dias.

- Prometo, mas vou estar triste.

- Os meus pais voltam em 15 dias.  Logo terás companhia da minha mãe.

- E tu volta rápido também.

- É o que mais quero.  Estou esperançoso de que alguém me vai oferecer emprego aqui.

Veio depressa a hora da despedida e Rodolffo depois de beijar muito Juliette, muitos abraços e palavras doces, partiu rumo ao aeroporto do Porto.

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