6 - Isola

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Alíne,

Quando ele me vê, joga logo um sorriso malicioso no canto da boca, botando um braço atrás da cabeça. Deixa o baseado, controle, tudo de lado e umedece os lábios.

-Caralho... Que princesa é essa? -Se o olhar dele não fosse tão safado e ordinário, quem sabe eu pudesse me lembrar da dor que estou sentindo entre as pernas e nem pensar em nada além de dormir. Mas parece que meu fogo nunca apaga. Nunca!

Engatinho sobre a cama e ele abre os braços para me receber.

-Toda cheirosa...-Ele funga meu cabelo. Eu deito no peito dele, passando a perna sobre sua barriga. Ele é tão grande, fico bem pequena ao seu lado. Suas mãos, seus pés, pernas, ele é todo, -quando digo todo, é TODO MESMO- exagerado.

-Tu tá de sacanagem, botar um pijama desses, né? Não tá afim de dormir porra nenhuma, que tô ligado! -Ele começa a já me alisar. Sempre me alisando e todo tarado.

-Quero dormir, tô dolorida. -Minha voz sai tão certa, quando dois e dois são seis.

Ele ri, ele é muito canalha.

-Quer beber alguma parada? Tem whisky.-Ele sugere. -Temos que aproveitar a noite, pô. Primeira de muitas!

Ergo minha cabeça, com um sorriso derrotado.

-Vinho, que tal ? -Passo o dedo pelos lábios dele e ele abocanha meu dedo, prendendo entre seus dentes; não muito forte, mas doi um pouco. Ele chupa meu dedo. Sua cara, seu olhar, por que ele é assim? Sério?!

-Tem vinho também! Se não tiver do que tu gosta, mando buscar! Meu foguete vai na bala!  O que tu quiser, meu amor! -Ele levanta sua cabeça e morde minha boca, me deixando surpresa com a palavra "amor". Mas não comento, só aprecio.

-Tu me deixa como? Nem porra tenho mais, sem caô! -Ele ri. Eu tampo o rosto, morrendo de raiva de estar achando graça, mas toda dolorida por já ter transado três vezes nas últimas horas, contando com ontem, depois do baile, que na verdade já era hoje de madrugada.

-Vai buscar, então! -Me sento na cama. A alça do pijama cai do meu ombro e ele fica de joelhos na hora, leva a mão na alça e penso que vai erguer, mas ele abaixa mais, revelando meu peito.

-Tô afim de ir em porra de lugar nenhum não, papo reto! -Ele se curva e chupa meu peito. Ele chupa tão lento, tão gostoso, passando a língua em volta, mordendo fraco o mamilo. Minha respiração fica desgovernada e empurro ele.

-Vai...por favor ...- Peço, não muito convencida de que é o que quero.

Cadê meu ar? Cadê minha dor?

Ele passa a mão na cabeça, depois pega minha mão e põe sobre seu volume entre suas as pernas.

-Tu é foda...-Ele aperta seu pau com a minha mão e se levanta, abrindo a porta do quarto.

Fico quente, né? Pegando fogo a doidado!

Quando volta, é com um vinho, uma vasilha com gelo e duas taças. Ele pega o controle da tv, bota uma música no youtube. Soja "True Love" (Não é a cara dele, mas...). Ele acende a luz colorida do quarto. Várias cores piscando, uma em seguida da outra, e as vezes se misturam; tipo boate.

-Que isso? -Sorrio, enquanto ele enche as taças.

-Quê? -Ele pergunta, me olhando rápido de lado, antes de se concentrar na quantidade de vinho que está botando na taça.

-Estamos em uma boate de repente! -Brinco, abrindo os braços, de joelhos na cama.

-Vem! -Ele segue com as duas taças pra sacada. Eu me levanto e vou também. Rindo? Não, estou igual uma palhaçada com um sorriso desenhado na boca! Eu amo ele, não tem como negar! Nunca ninguém seria nem metade do que eu preciso, nada seria igual ao que tenho com ele.

Love na Rocinha 2 (DEGUSTAÇÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora