CAPÍTULO 24

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[DUAS SEMANAS DEPOIS]

Mônica

Já se passaram duas semanas desde a lição de moral que Aninha nos deu na quadra

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Já se passaram duas semanas desde a lição de moral que Aninha nos deu na quadra.

Depois do trabalho de dança, Ana, Milena, Cassandra e Isadora não olharam mais na cara de nenhum de nós.

Estou ignorando Cebola e sinceramente? Minha saúde mental está bem melhor desde que eu comecei a ignorar ele.

Se nós cruzamos no corredor eu dou meia volta sem nem olhar pra ele, se ele me provoca eu reviro os olhos e saio.

Até as meninas estão ignorando os amigos dele. Ouso dizer que estamos melhores.

Magali: hoje eu tô sentindo uma paz... - Magali diz respirando fundo.

Estamos no jardim do campus, é o nosso horário livre, estendemos uma toalha enorme na grama, pegamos comida no refeitório, trouxemos pra cá, comemos e agora estamos deitadas ou sentadas na grama. Magali no caso está sentada com as pernas em posição de índio.

Carmem: você diz isso todos os dias a duas semanas.

Magali: Porque é verdade, notaram que desde que começamos a ignorar eles estamos mais leves?

Maria: Isso é verdade, aquelas assombrações arrancam tudo de bom que tem no ar.

Denise: Com certeza.

Mônica: Meninas, eu vou ao banheiro. - me levanto da grama.

Dorinha: Tá, daqui a gente não sai, garanto. - assinto e entro no prédio da universidade.

Vou ao banheiro mais próximo, faço o que tinha que fazer, saio da cabine, lavo minhas mãos, seco com um papel toalha e saio do banheiro.

Paro no meio do corredor ao notar que estava indo para a quadra sendo que as meninas estão no jardim que fica do lado oposto. Reviro os olhos para mim mesma e dou meia volta para ir ao jardim.

Passo pela salinha de limpeza e sinto meu braço ser puxado, a pessoa me encosta na porta fechada e só então reconheço. Cebola.

Cebola: Deu desse joguinho?! - ele diz claramente irritado olhando em meus olhos.

Mônica: Do que você tá falando?!

Cebola: Desse seu joguinho ridículo de me ignorar! - reviro os olhos.

Mônica: em primeiro lugar, ridículo é você! E em segundo lugar, eu tô te ignorando pra ter a minha saúde mental instável!

Cebola: Sousa, pelo amor de Deus, estamos na faculdade, nenhum universitário tem a saúde mental instável e isso é fato! - reviro os olhos. - menina, um dia tu vai cegar! - mostro a língua pra ele. - quanta maturidade, dentucinha.

Mônica: Deixa de ser chato! O que você quer?

Cebola: Saber seu real objetivo com essa coisa de me evitar.

Mônica: Já disse, manter minha saúde mental instável.

Cebola: essa desculpa não cola. Tá assim pelo que a Ambers falou? - arregalo os olhos. - sabia.

Mônica: Você não sabe de nada!

Cebola: Sousa, podem se passar anos, seus olhos não mentem. - ele se aproxima e coloca seus braços de cada lado da minha cabeça me deixando presa.

Mônica: c-c-como a-a-assim?

Que droga! Gaguejei.

Cebola: Por que está gaguejando?

Mônica: eu.... er... perto demais, Menezes! Perto demais! - alerto mas ele dá um sorriso de lado e se aproxima mais mordendo o lábio enquanto olha para a minha boca.

Oh droga!

Não vou negar, Cebola é muito lindo e gostoso, por mais que eu o odeie, jamais desviei de sua aparência física. Ele com certeza é um dos meninos mais lindos que meus olhos já viram, cabelo preto bem escuro, seus cabelos tem alguns cachinhod, seus olhos são verdes, mas não um verde comum e sim olhos verdes meio turquesa, eu diria. Seu corpo é escultural, peitoral rígido e definido. Enfim, tem motivos para ser o mais desejado do campus.

Mônica: Eu... você... se afasta porra! Tá me distraindo! - passo por baixo de um dos braços dele.

Cebola: eu te distraio? - ele cola seu corpo nas minhas costas.

Que graça esse garoto vê em me provocar?

Mônica: Cebolácio - me viro e o empurro. - você me irrita!

Ele se aproxima de novo.

Cebola: Você também me irrita, Sousa!

Mônica: quem me puxou pra dentro de uma salinha foi você!

Cebola: Porque você é covarde o suficiente pra me ignorar! - ele continua se aproximando.

Mônica: Te ignoro porque te odeio!

Cebola: eu também te odeio! - ele agarra a minha cintura colando nossos corpos.

Minhas mãos pousam em seu peitoral e meu olhar desce para a sua boca, ele faz o mesmo, selamos nossos lábios.

Ele pede passagem com a língua e eu cedo, o fio de sanidade que me resta vai embora quando a língua de Menezes encontra com a minha.

Ele me prensa na parede segurando ainda mais a minha cintura, minhas mãos sobem de seu peitoral até sua nuca aprofundando o beijo, nossas línguas dançam em sincronia, puxo alguns fio de cabelo que estavam em sua nuca e uma das mãos de Cebola descem até a minha coxa, ele a segura e me impulsiona para cima. Estou em seu colo. Ainda prensada na parede entrelaço minhas pernas na cintura de Cebola e o mesmo me segura me mantendo no lugar. Agora uma de suas mãos descem para a minha bunda e eu subo minha outra mão segurando sua nuca também. Arranho a região e o gemido que sai dele me traz de volta a realidade.

Me separo dele e desço de seu colo.

Mônica: tá louco?! - pergunto ofegante.

Cebola: se eu tô você também está, retribuiu o beijo. - ele diz ofegante e com um sorriso.

Mônica: Isso não podia ter acontecido!

Cebola: Mônica...

Mônica: Não! Cebolácio, esse beijo não podia acontecer e não vai se repetir! - vou até a porta e saio da salinha rapidamente.

Paro no fim do corredor pra recuperar o ar e depois volto para o jardim com a maior cara de paisagem.

•••

RIVAIS, 𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora