CAPÍTULO 48

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Mônica

Cebola pensa que me engana

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Cebola pensa que me engana. Eu vi como ele me olhava durante o treino. Senti seu olhar queimar sobre mim a cada movimento que eu fazia, no fim, Carmem comandou o ensaio no meu lugar porque eu pisei em falso umas três vezes e acabei caindo.

Agora estou em meu quarto vazio. É sempre assim, Ana passa o dia com as amigas, ela apenas dorme e estuda aqui, não a culpo. Também não fico muito aqui.

Estou de frente para a janela vendo a movimentação lá embaixo enquanto choro. Por que? Nem eu sei.

Acho que esse é o poder de Menezes sobre mim. Ele me faz chorar apenas por me encarar excessivamente. Do mesmo jeito que me encarava anos atrás.

Ouço a porta ser aberta mas ignoro. Ana não fala comigo se eu não falar com ela. Paro de pensar quando dois braços brancos como leite abraçam meus ombros por trás.

Magali: Por que está chorando, amor? - ouço a voz de Magali.

Olho pelo canto do olho e vejo que a mesma está na ponta dos pés para poder abraçar meus ombros.

Magali sempre foi a mais conselheira de todas nós. Sempre que temos um problema são os conselhos delas que buscamos. Ela também foi minha primeira amiga quando me mudei, então tenho um carinho especial por ela e Maria Mello. Elas foram as primeiras a falar comigo quando eu era a esquisita do bairro. Não que as outras meninas não falassem comigo, só que elas eram tão tímidas quanto eu na época e por isso não nos falávamos até Maria e Magali nos chamarem para brincar no quintal da casa de Magá. Depois desse dia não nos desgrudamos mais, fomos para a mesma escola no jardim de infância e quando meus pais decidiram que eu ia terminar os estudos em outra escola, elas vieram comigo. Foi lá que conhecemos os meninos.

Mônica: Nem eu sei, Magá. - ela me vira em sua direção e limpa minhas lágrimas.

Magali: Não chora, Mô.

Mônica: Ele... ele estava me olhando. Eu me senti como quando estávamos na escola. Como quando...

Magali: eu sei. - ela me olha com compreensão. - eu estou aqui com você Mônica. Sou sua melhor amiga e vou estar sempre do seu lado. Quer conversar? - nego com a cabeça.

Mônica: Eu quero só o seu abraço. - ela assente e me envolve em um abraço apertado.

O abraço de Magali é quente e aconchegante, semelhante ao abraço de uma mãe, ela consegue nos acalmar apenas por nos envolver em seu abraço.

Ela começa a cantarolar uma música qualquer em meu ouvido enquanto me balança de um lado para o outro como se quisesse me fazer dormir.

RIVAIS, 𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora