Mônica
Já anoiteceu.
Está quase na hora do jantar mas não estou com fome, comi muito no lanche da tarde.
Estou me vestindo para ir até a sala de dança, estou com vontade de dançar e aqui no quarto não tem espaço.
Pego uma garrafinha de água que trouxe do refeitório e vou até a sala vazia.
Entro, coloco a garrafa no chão e começo a me alongar.
Depois ligo uma música e me viro para o espelho.
Termino de dançar ofegante.
Me sinto livre quando danço, sinto que dançando posso ser eu mesma sem medo de ser julgada, sem me importar com as opiniões alheias e com o que vão pensar. Dançando eu me sinto livre.
Vou até minha garrafa, abro e dou dois goles na água.
Meu olhar se volta para a porta e vejo alguém lá. Cebola.
Ele entra em silêncio, vai até o som e liga. Señorita do Shawn Mendes e Camila Cabello. Ele me estende a mão, meio relutante pego e começamos a dançar.
Não tínhamos uma coreografia definida, estávamos improvisando, mas estamos conectados. Nossos olhares se encontram com frequência, estamos tão ligados e concentrados que parece que ensaiamos essa coreografia por semanas.
Paramos de frente um para o outro, ofegantes, seu hálito quente bate em meu rosto e nossas testas suadas estão coladas.
Mônica: Por que insiste em fazer isso? - sussurro.
Cebola: Isso o que? - ele sussurra de volta.
Mônica: Se aproximar, Cebola. - me afasto completamente. - você insiste, me defende, me provoca, me irrita, não se afasta e não deixa que eu me afaste.
Cebola: Sousa...
Mônica: Não! Cebola, só me deixa em paz, pode ser? - pego minha garrafa e saio correndo da sala.
Por que ele não me deixa? O que ele tem comigo?
Volto para o quarto, tomo um banho rápido, coloco uma roupa qualquer e vou para o refeitório.
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RIVAIS, 𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚
أدب الهواةMônica Sousa e Cebola Menezes se odeiam. Não há outra palavra para defnir o que eles sentem um pelo outro se não o ódio. Os dois são os mais populares da faculdade, Mônica e suas amigas (Magali, Denise, Carmem, Maria, Marina e Dorinha) são as mais d...