CAPÍTULO 43

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Cebola

Mônica nos trouxe até a praia

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Mônica nos trouxe até a praia. Ainda sem falar nada.

Estamos há alguns minutos caminhando em silêncio.

Mônica: Pode falar. - é tudo que ela diz.

Cebola: Mônica, olha, você me odeia e eu já sei disso, mas eu também sei que sentiu alguma coisa com os beijos, nem que seja um resquício de tesão. - concluo e ela continua olhando o mar.

Ficamos mais alguns minutos em silêncio e por um momento começo a acreditar que isso será um monólogo.

Mônica: Senti sim coisas com os beijos. Mas isso não importa. - ela continua sem me olhar.

Cebola: É claro que importa! - ela para de andar e eu paro em sua frente.

Mônica: Olha. - ela olha para o chão. - a onda está apagando nossas pegadas. Viu? Não importa por quanto tempo caminharmos ou quantas vezes deixamos pegadas na areia, a onda sempre leva, as leva para longe. Assim é o nosso amor, Cebola. Foi bom enquanto durou, passamos momentos incríveis juntos, momentos que eu sei que jamais vou esquecer. Éramos jovens, jovens que se amavam, mas que não sabiam como amar e agora que crescemos, não vai ser a mesma coisa. Nos machucamos e palavras não vão embora com tanta facilidade, feridas não curam da noite pro dia. O que vivemos foi bom. Mas acabou, não força. - dito isso ela sai.

Cada palavra que ela disse crava fundo no meu coração. E de novo machucado pela Sousa.

Por que eu não escuto meus amigos?

Eu só quebro a cara com essa imbecilidade de amor!

Volto para o local da festa e pego minha moto. Pra mim já chega.

Vou voltar para casa e tentar esquecer ela.

...

Mônica

Carmem: Burra! - ela diz amarrando o cabelo em um coque

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Carmem: Burra! - ela diz amarrando o cabelo em um coque.

Hoje é sábado e por incrível que pareça, elas não estão de ressaca. Me ouviram uma vez na vida e não encheram o traseiro de pinga.

Carmem: é isso que você é, Mônica Sousa! Uma burra!

Mônica: Valeu, Carmem!

Dorinha: e ela tá errada? - não respondo.

Ainda estou tentando raciocinar tudo que aconteceu ontem.

Maria: Porra, Mônica! Você disse que gostava dele.

Mônica: Eu sei o que eu disse!

Magali: Pelo que você disse a ele não parece! Me diz o que você tem na cabeça, porque um cérebro não é.

Mônica: Vão mesmo continuar me julgando?!

Denise: é nosso dever, amada. Abrir seus olhos pra você ver quando faz bobagem. A aplicação da onda foi top, mas o momento foi horrível. Você foi contraditória consigo mesma.

Mônica: Acham que eu não sei?! Eu só não consigo perdoar o Cebola. Não dá.

Marina: Eu entendo. - Mari diz num suspiro.

Mônica: O que foi, Mari? - ela levanta em um sobressalto.

Marina: Nada. Eu só preciso pensar. Só isso. - ela sai do quarto.

Magali: é melhor ela raciocinar um pouco, tá precisando espairecer.

...

Marina

Me julguem se quiserem mas sim, eu estou pensando no Franja

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Me julguem se quiserem mas sim, eu estou pensando no Franja.

O que? Eu tenho o direito de fazer burrice pelo menos uma vez no dia, me deixa.

Vim em uma praça perto da casa da Mônica e resolvo me sentar na grama.

Eu não queria admitir, mas Franja ainda me afeta. Afeta mais do que eu queria.

Quando percebo, lágrimas teimosas rolam por meu rosto. É sempre assim, lembro de Franja e o choro vem.

Aninha: Marina? - olho para cima e vejo Ana.

Marina: O que faz aqui tão cedo?

Aninha: eu ia tomar café em uma cafeteria aqui perto. - ela ajoelha na minha frente. - o que foi?

Marina: Não se preocupe.

Aninha: é claro que eu vou me preocupar, você está chorando. Vem, vamos na cafeteria juntas. - ela me ajuda a levantar e seguimos o caminho até a cafeteria que ela falou.

Já vim aqui com as meninas uma vez.

Sentamos em uma mesa afastada.

Aninha: Dois cafés e um croissant de queijo, você vai querer? - nego. - só isso mesmo. - a garçonete sai. - quer me contar o que aconteceu?

Marina: Eu só... Estava lembrando de algumas coisas.

Aninha: E essas coisas tem haver com um cara chamado Franja, ou Carlos, Medici? - ela me olha com ternura.

Não sei como ela sabe, mas ela sabe e acho que pode ser bom desabafar.

Marina: Eu conheci o Medici na escola, ele era muito popular e eu a novata sorridente. Me apaixonei por ele de primeira, mas só nos aproximamos em uma festa onde ele e os meninos defenderam a Mônica do babaca do ex dela, eu achava que ele era incrível, o garoto dos meus sonhos. Bom... não duramos muito. Foi na noite de uma festa da escola, um grupo de várias garotas passou por mim e uma delas comentou sobre a pegada inesquecível do meu namorado. Eu estava sendo corna todo esse tempo.

Aninha: Marina, eu sinto muito mesmo. Você não merecia tudo isso.

Marina: Depois desse dia, eu decidi que não ia ser tão inocente quanto todos pensam, eu continuo sendo a mesma que era na escola, mas ninguém sabe. Me escondo atrás da máscara de pessoa fria, só assim não sofro.

Aninha: Obrigada por confiar em mim, te prometo que da minha boca não sai nada, ok?

Marina: Obrigada por me ouvir, Ana. - ela sorri docemente

•••

RIVAIS, 𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora