57. Fio da Esperança

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Sei que estão se perguntando porque não receberam capítulos novos no sábado, e aqui está minha explicação curta; Resolvi publicar este capítulo no dia do meu aniversário: 23.05

Boa leitura;

Clarke

Ela pressionou o cano frio da arma contra o topo da cabeça de Clarke, que finalmente soltou o ar que nem percebeu que prendia. Seu coração batia tão rápido que ela podia senti-lo em sua garganta, uma sensação sufocante. Seus pensamentos corriam descontroladamente, buscando uma saída, qualquer chance de escapar daquele impasse mortal.

- Siga-me - Kendra reteve as mãos de Clarke atrás das costas. Logo, ela empurrou Clarke com firmeza, forçando-a a seguir na direção que ela determinasse.

Clarke sentiu o toque gélido da arma contra sua pele e a pressão crescente em suas costas, mas tentou ignorar isso e focar no seu principal objetivo: memorizar cada corredor e cada porta. No entanto, percebeu rapidamente que todo aquele lugar parecia ter sido meticulosamente projetado para ser um labirinto e confundir os prisioneiros. Cada passagem parecia levar a lugar nenhum, e cada porta se mesclava com as demais em uma infinidade de opções desorientadoras.

- Você pode me matar. Sabe disso - respondeu, apenas para instigar.

- Acha que se eu pudesse, já não teria feito isso a muito tempo? - A resposta de Kendra foi impremeditado, por forma que Clarke não conseguiu pensar em um contradito. - Não seja tola, Griffin.

Bruscamente, Kendra a empurrou na rota de uma sala de rádio, e rapidamente seus olhos azuis reouveram os de sua mãe, sentada no chão com as mãos amarradas atrás das costas. Aquele cenário parecia mais sórdido do que realmente era, mas o melhor de tudo, Abby estava bem.

- Mamãe! - Clarke saltou em Abby, se aconchegando no calor materno como um bebê.

Já tinha até mesmo esquecido que Kendra apontava uma arma para a sua cabeça, porém, aquilo nem importava naquele instante. Clarke ouvia sua mãe chorar em seu ombro, o que partia cada pedacinho minúsculo de seu coração, que já se encontrava fragmentado há muito tempo.

Kendra se colocou entre elas, colocando algemas nas mãos de Clarke desta vez. Não demonstrava raiva, por outro lado. Talvez Kendra compreendesse o que significava proteger a família.

- Onde William está? - Ela foi direta.

Clarke a desdenhou. Evitou alimentar a curiosidade dela, mas ao encarar sua mãe, percebeu o terror no olhar dela. Abby parecia rogar por um gesto seu, levando Clarke a questionar o motivo desse pedido. Sua mãe já havia passado por isso? Quais foram as repercussões? Eram inquirições demais para serem respondidas de imediato, então Clarke desviou o olhar para Kendra, que parecia pronta para confrontá-la.

- Eu não sei - Clarke replicou.

Durante um breve instante, Clarke acreditou que Kendra permaneceria em silêncio, apesar disso, a mulher arrebatou ao agarrar o pescoço de Clarke e pressionar suas unhas grandes contra a pele da outra. A proximidade entre seus rostos permitia que Clarke observasse a carne do olho alanceado de Kendra pulsando, intensificando o seu pavor. Ao longe, Abby suplicava para que Kendra cessasse, porém ela permanecia imóvel, sem mover um músculo para atender aos apelos.

- Onde William está? - redizeu. Clarke lograva ouvir os dentes dela rangendo de raiva. - Aonde escondeu os registros de Arkidia?

- Está... seguro - Ela mal conseguia falar, e Kendra moderou o contato para que Clarke conseguisse recomeçar. - Está seguro com o refúgio. E nós não sabemos o que são esses registros.

𝑹𝑨𝑪𝑬 𝑨𝑮𝑨𝑰𝑵𝑺𝑻 𝑻𝑰𝑴𝑬 |THE 100 & MAZE RUNNER|Onde histórias criam vida. Descubra agora