58. Esperança

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Olazinho 👀

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Durante a noite a Marília mal conseguiu fechar os olhos e adormecer. O som baixo, mas ensurdecedor das máquinas que havia pelo quarto para medir os dados vitais da Maraisa não a deixavam adormecer, além da preocupação que sentia, e tristeza.

Além disso, falava muito com a Maraisa, afinal ela era a pessoa em quem mais confiava, com quem falava sobre qualquer coisa, e também tinha a leve esperança que isso ajudasse que a morena acordasse do coma em que estava.

Tinha falado com o escritório, e tinha tirado uns dias de licença para poder acompanhar a Maraisa. Dependendo de como a situação dela evoluísse, podia voltar a trabalhar à distância, quem sabe.

Viu o dia nascer, pela janela do quarto em que a mulher dormia e enquanto uma enfermeira estava a verificar tudo, saiu para comprar alguma coisa para comer e um café.

Enfermeiro: Pronto, daqui a pouco o médico já passa aqui - olhou para a loira - continua tudo estável

Marília: Obrigada - sorriu só por cordialidade

Sentou-se na poltrona onde tinha passado a noite, bebeu o café e forçou-se a comer. Sentia-se fraca, e não era momento de lhe faltarem as forças.

Tomou um banho de água fria, e trocou de roupa, escovou o cabelo e deixou-o molhado mesmo. Passou a manhã ali, ia falando com o médico da Maraisa, e alguns enfermeiros que passavam, embora nenhum lhe desse as notícias que ela mais ansiava.

Depois da hora de almoço, recebeu uma mensagem da mãe a avisar que já tinha chegado ao hospital, com a Helena. Ao mesmo tempo, ouviu batidas na porta.

Maiara: Posso? - meteu a cabeça dentro do quarto

Marília: Entra - sentiu um nó apertado na garganta

Maiara: Como está tudo? E como estás tu? - abraçou a amiga

Marília: Está tudo na mesma - suspirou

Maiara: Ei mulher - aproximou-se da cama - não achas que já dormiste o suficiente? - fez-lhe um carinho na cara - estamos com saudades tuas - sorriu de canto - a Helena está em pulgas lá fora

Marília: Eu vou buscá-la - concordou - ficas aqui até eu voltar?

Maiara: Fico, vai descansada - sorriu e deu-lhe um abraço

A Marília saiu do quarto, depois de deixar um beijo na cara da morena e foi até à sala de espera.

Helena: Mãe - chamou-a e correu para ela

Marília: Olá filha - abraçou-a e forçou-se a não chorar - como estás? Tens feito tudo o que a avó diz?

Helena: Sim, eu tenho-me portado bem - confirmou - posso ver a mãe?

Marília: Podes, já vamos - deu-lhe um beijo na cabeça - olá mãe

Ruth: Então filha, como está tudo? Na mesma?

Marília: Infelizmente sim - suspirou - queres entrar?

Ruth: Entrem vocês, eu já vou depois - sorriu e deu um beijo na cara da filha

A loira deu a mão à filha, e entraram pelos corredores.

Marília: Filha, a mãe Maraisa teve um acidente, e ela está um bocadinho magoada - explicou - assusta um pouco, mas vai passar, está bem? E eu estou do teu lado sempre

A menina concordou, e bateu depois na porta, de mão dada com a mãe. A Maiara autorizou a entrada, e a loira abriu a porta.

Maiara: Eu estou lá fora - sorriu quando as viu e deixou um beijo na testa da Maraisa - até já

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