14. A confusão

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Bem, vamos lá 👀 que eu cheguei 😮‍💨

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Depois de arrumarem as coisas, a Maraisa estava a preparar-se para ir embora. Quando a Marília a foi levar à porta, sem dizer nada aproximou-se da morena, e deu-lhe um abraço.

Inicialmente a Maraisa ficou com o corpo rígido, pelo contacto físico, e porque queria manter a distância da loira, depois de se sentir iludida, pelo aproximar da Marília há semanas.

A morena acabou por relaxar um pouco o corpo, e sentiu depois a Marília afastar-se, mas ficarem com as caras bem próximas.

Maraisa: Marília - falou baixo e tentou dar um passo atrás, mas bateu na porta

Marília: Não digas nada - falou no mesmo tom

Maraisa: Tu estás com uma pessoa, e isto não está certo - disse sem tirar os olhos da boca da outra

Quando a Maraisa acabou de dizer isso, a Marília aproximou-se e beijou-a. A loira segurou a cintura da outra, e a morena correspondeu ao beijo.

Beijaram-se com o desejo acumulado de há semanas. Desde que se conheceram, que ambas, de uma forma ou de outra, sentiam muita vontade daquele beijo.

Exploraram a boca uma da outra, por longos minutos. Pararam depois de algum tempo.

Maraisa: Isto não está certo, não pode ser - afastou as mãos da Marília

Marília: Se o problema é o Lucas, nós não temos nada sério - disse

Maraisa: Até podem não ter, mas eu não me quero envolver numa confusão destas - falou séria

A morena abriu a porta.

Marília: Maraisa, espera - tentou segurar o braço dela

Maraisa: Fica bem, Marília - falou sem olhar para trás

A Marília controlou a vontade de ir atrás dela, porque dentro de casa tinha a filha. Ela não sabia porque tinha feito aquilo, na realidade sabia, porque o queria há muito tempo.

Ficou sentada no sofá durante algum tempo, sem conseguir pensar em nada a não ser na sensação de ter a boca da Maraisa colada à sua.

Maraisa

Saí do prédio da Marília como um foguetão, eu não queria estar envolvida com alguém que tinha alguém. É certo que poderia envolver-me com a Marília e não ser nada sério, mas eu não queria entrar nisso, sabia que não tinha capacidade emocional e psicológica para isso.

Conduzi direta a casa, a Meg estava a dormir depois do dia cansativo que tinha tido.

Eu entrei em baixo do chuveiro, e fiquei perdida nos meus pensamentos.

É verdade que desde que conheci a Marília, me senti atraída por ela. Não tinha como não sentir, pela mulher incrível e bonita que ela é.

Mas não me ia envolver com ela, conhecendo-me e sabendo que ela estava com outra pessoa, mesmo que não fosse um namoro sério, toda a gente sabia que eles ficavam.

No domingo, passei o dia por casa com a Meg, e saí só para a levar a passear.

Na noite anterior a Marília tinha-me mandado uma mensagem a perguntar se tinha chegado a casa bem, e se podíamos falar, mas não respondi. Precisava de me acalmar, e de me voltar a alinhar.

Fui trabalhar, como sempre, na segunda feira, depois de passear a Meg. Quando cheguei, era cedo e ainda não havia muita gente ali. Era normal. Fui direta para a piscina, depois de me equipar.

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