Caminhos Cruzados

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Boassss 🥰

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Nos primeiros dias da Maraisa acordada, a rotina era quase sempre a mesma. Todos os dias de manhã fazia fisioterapia, mas algo muito simples apenas para tentar que depois seja possível recuperar algum do movimento da perna.

A morena tinha acordado do segundo coma há cerca de uma semana, e estava a acabar a fisioterapia quando o médico entrou no quarto.

Dr Hugo: Bom dia - apareceu no quarto - como se sente?

Maraisa: Cá estou, igual a ontem acho eu - sorriu e deu de ombros

O médico falou com o fisioterapeuta também para perceber como estava a correr tudo.

Dr Hugo: Bem e está na hora de libertarmos esse braço - sorriu

Maraisa: Já está bom? Tem a certeza? - perguntou baixo e com receio

Dr Hugo: Está, de qualquer forma vamos fazer um exame para garantir isso, depois - sorriu

O médico tirou o gesso do braço da Maraisa, que não escondeu a cara de alívio quando isso aconteceu.

A Marília estava ao lado dela, e ficava um pouco mais aliviada por haver melhoras no estado da mulher.

Enquanto o médico tirava o gesso, a loira estava sentada do outro lado da cama, ao pés da Maraisa.

Dr Hugo: Vamos mexer esse braço? - sorriu - com calma

A Maraisa sorriu sem jeito, olhou depois para a Marília. A loira sorriu e piscou o olho.

Dr Hugo: Marília venha aqui - chamou com um sorriso - segure aqui - apontou para uma zona do braço da morena - e aqui - voltou a apontar - agora quando quiser, Maraisa

Com o apoio da Marília, a morena mexeu o braço devagar. A loira sentiu umas lágrimas a escorrerem pela cara e a Maraisa tinha os olhos marejados.

Maraisa: Não me dói - sorriu para o médico - é só meio estranho, mas não dói

Dr Hugo: É estranho porque esteve imobilizado - explicou com um sorriso - mas está curado

Maraisa: E eu vou precisar de fisioterapia ao braço?

Fisioterapeuta: Vamos fazer alguns exercícios mas pode mexer normalmente, só sem fazer esforços para já - sorriu

Maraisa: Tudo bem - sorriu - obrigada, vocês têm sido incansáveis

Dr Hugo: Estamos a fazer o nosso trabalho, Maraisa - pôs a mão no ombro dela - como vos disse desde o início, há uma equipa empenhada em que fique o melhor possível

Maraisa: Obrigada por isso - sorriu para ele

Dr Hugo: Não precisa de agradecer, agora vou indo e daqui a pouco volto aqui - sorriu - e não fique com medo, o seu braço está bom

Depois de o médico e o fisioterapeuta saírem do quarto, elas voltaram a ficar as duas ali.

A Marília tinha a vida em suspenso desde que estava de atestado para acompanhar a mulher. E estava no hospital desde o acidente.

Marília: Vês amor? Estás a melhorar - fez-lhe um carinho na cara

Maraisa: Falta o pior - suspirou e olhou para a perna - amor, eu quero falar uma coisa contigo

Marília: Diz - sorriu

Maraisa: Acho que devias voltar a trabalhar - falou depois - amor, eu não sei quando vou voltar a poder trabalhar, e tu estares assim, com o teu trabalho em suspenso custa-me