32. Desconfianças

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Boa noiteeeee 👀

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Quando abriu a caixa de correio da Maraisa, e viu o papel lá dentro, a Marília ficou sem chão.

Maraisa: Então? Há alguma coisa? - sorriu enquanto dava carinhos na Meg

Marília: Parece que sim - disse duramente

Maraisa: Porque é que estás assim? - franziu a sobrancelha e olhou-a confusa - aconteceu alguma coisa?

Marília: Tens uma encomenda da tua amiga Camila, para levantar no posto de correios - atirou o papel para cima da mesa

A Maraisa fechou a Meg no corredor, percebeu pelo tom da Marília que a conversa ia ser acesa. Começou a sentir-se ansiosa.

Marília: Que merda Maraisa - disse depois - ando há dias a tentar evitar desconfiar, mas isto não me facilita a vida

Maraisa: Desconfiar de quê, Marília? - tentou aproximar-se - não estou a entender, desculpa

Desde sempre que a Maraisa evitava confrontos e discussões, eram momentos tensos que lhe geram muita ansiedade. Sentiu o coração a bater nos ouvidos, e o estômago revirado.

Marília: Estou a falar de quê? Achas que eu tenho burra escrito na testa? - falava num tom bastante frio - primeiro é a distração com o telemóvel quando estamos juntas, e que eu tentei ignorar, depois é teres a necessidade de virar o ecrã para baixo sempre que estou por perto

Enumerava e sentia-se magoada.

Marília: As mensagens que recebes durante a madrugada - disse nos olhos dela - da Camila

Sentia os nervos à flor da pele.

Marília: E agora recebes presentes dela - apontou para o papel em cima da mesa - se eu não sou suficiente para ti, se a queres a ela, diz-me e não me faças mais de otária

A Maraisa estava encostada à mesa, cabisbaixa, a tentar lidar com uma crise de ansiedade ao mesmo tempo que ouvia a Marília.

Marília: Diz alguma coisa - falou duramente

Maraisa: Parece que já tiraste as tuas próprias conclusões - comentou baixo

Marília: Muito bem, então parece que ficamos por aqui - pegou no seu saco de desporto - devias ter sido mulherzinha e dizer-me diretamente, e não apunhalar-me desta forma

A Maraisa estava a braços com um ataque de ansiedade nesse momento, sentia-se entorpecida e bloqueada.

Marília: Adeus Maraisa - foi até à porta - és uma desilusão, não esperava isto de ti

Depois disso, a loira saiu disparada de casa da Maraisa. Andou um pouco pelo parque, prestes a começar a chorar. Ligou à Maiara, e a ruiva prometeu ir na hora ter com ela.

Maiara: Marília - chamou-a e correu na direção da amiga

Sentou-se no banco ao lado da loira, e abraçou-a.

Maiara: Amiga, o que aconteceu? - falou baixo

Marília: Eu acho que nós acabamos - falou entre lágrimas

Maiara: Acabaram? Mas falaste sobre aquilo? O que raio aconteceu?

Marília: Quando chegamos a casa dela, estava lá um aviso para levar uma encomenda no posto de correios - falou baixo - uma encomenda da Camila - soluçou das lágrimas - confrontei-a com tudo, sabes?

Maiara: E ela? - perguntou a medo

Marília: Limitou-se a dizer que eu já tinha tirado as minhas conclusões - olhou para a amiga

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