C O L L I N
O som dos meus passos descendo a escada naquela manhã atraiu Elena imediatamente, mas ela esperou que eu chegasse até a sala antes de vir até mim, tão rápido quanto ela conseguia com a bota em seu pé. Seu olhar era de pura preocupação e carinho maternal, algo que foi direto para o meu peito.
— Oh, querido, deixe eu olhar para você. — ela embalou meu rosto entre as mãos, com tanta ternura que fez a parte de trás dos meus olhos arderem, o que provava que minhas emoções ainda estavam frágeis depois da noite anterior. Ela correu o polegar pelo hematoma que havia se formado na minha bochecha por causa da briga da noite passada. — Você está bem?
— Estou bem, Elena. — eu respondi, deixando que ela me examinasse e concluisse isso ela mesma — Obrigado.
— Collin? — Rowan chamou, descendo as escadas nesse momento. Elena foi até ele da mesma maneira que havia feito comigo, segurando o rosto do meu irmão entre as mãos com o mesmo afeto.
— Você está bem, querido? — perguntou — Se machucou?
— Não, estou bem. — Rowan assentiu para ela, parecendo estar desmoronando diante da gentileza de Elena, exatamente como eu havia me sentido.
— Eu sinto muito se ter brigado ontem vai colocar você em problemas, mas eles machucaram a Cami e perseguiram ela... — comecei a dizer para Elena, mas Rowan me interrompeu.
— Collin. — ele avisou — Eu assumo toda a culpa pelo que...
— Ninguém tem culpa para assumir além daqueles garotos criminosos. — Elena assegurou, ferrrenha de uma maneira que eu nunca havia visto — Nenhum de vocês está encrencado ou vai estar, eu garanto que não vou deixar isso acontecer. Eu não sou do tipo que encoraja a violência, mas isso é uma exceção. Vocês cuidaram uns dos outros e eu estou tão aliviada que estão todos aqui agora, seguros.
— Nós batemos neles, Elena. — eu confessei com os ombros caídos, mas Elena não me repreendeu. Ao invés disso, ela me puxou até que eu estivesse com a cabeça aninhada em seu ombro e afagou meu cabelo e costas em um gesto maternal que me pegou de surpresa.
— E entre nós aqui, eles mereceram o susto. — ela disse, confortando-me — Está tudo bem, eu prometo que está. Eu estou orgulhosa de todos vocês. Vocês fizeram a coisa certa.
Era quase que extraordinário ver o quanto essa mulher verdadeiramente se importava conosco. Como ela oferecia do mesmo cuidado e carinho que destinava para Camille para nós também. Elena se importava conosco e eu ousava dizer até que ela... nos amava. Se eu não podia chamar a maneira como eu me sentia de "amado", então eu não sabia o que era. Ela nos fazia sentir seguros, queridos, confortados, vistos.
— Mamãe? — ouvimos Camille chamar baixinho e todos nós nos viramos para vê-la descendo as escadas devagar, com dificuldade. Seu rosto era uma mistura de machucados vermelhos e roxos e seus movimentos rígidos indicavam a doe que ela ainda estava sentindo. Elena a alcançou e colocou as mãos nos ombros dela.
— Oh, meu bem. — ela suspirou, parecendo a beira de lágrimas ao ver os ferimentos de Camille — O que fizeram com você, minha filha...
— Estou bem agora. — Camille tentou confortá-la, embora seus olhos assombrados e mãos levemente trêmulas ainda fossem notáveis. Ela estava abalada e com dor, mas estava tentando acalmar as pessoas ao seu redor.
— Você vai ficar bem, tudo isso vai melhorar. — Elena a abraçou com carinho, afagando o cabelo dela enquanto Camille afundava no conforto maternal — Eu estou aqui agora, eu vou cuidar de tudo.
— Os meninos me acharam. — Camille contou para ela, virando o rosto na nossa direção. Ela ainda estava emotiva; havia agradecido Rowan e eu várias vezes desde a noite anterior, embora nós houvessemos lhe dado sempre a mesma resposta: não havia nada para agradecer.
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Where We Belong
Teen FictionWest Valley | Livro 1 "Esses garotos são problema" era a frase mais usada para explicar os garotos Houston. Quatro irmãos órfãos que só podiam contar um com os outros e lutavam contra a dura realidade da vida desde cedo. Rowan e Collin, os mais velh...