ALGUNS DIAS DEPOIS.
Com a chegada das eleições a minha família tem tentado manter ilustre sua reputação na sociedade. Essa noite minha mãe dará um baile beneficente em prol das áreas periferias da cidade. Escolhi o vestido branco acima dos joelhos, na parte das costelas ele havia uma abertura e por volta dela predarias. Meu cabelo ruivo preso em um coque se destacava com fios caindo sobre meu rosto, eu me sentia muito atraente.
Quando desci para o hall a casa já estava cheia de convidados, conhecia só alguns, os mais tradicionais.
Comecei a ficar um pouco nervosa, aceitei uma taça de champanhe e sai para fora da mansão, me sentei no jardim afastada de todos, não me sentia totalmente confortável com toda aquela festança.
Senti alguém se sentar ao meu lado:
— Ta tudo bem?
Me virei olhando para Wagner, ele perguntou com olhos atenciosos, como se soubesse que não tava nada bem :
— Tá sim — estiquei a mão sobre o banco.
— Se quiser conversar eu tô aqui — ele colou a mão dele sobre a minha apertando.
Respirei olhando em seus olhos, ele parecia tão sincero :
— Ela tá tendo essas crises a muito tempo ?
Ele parece pensar em como me dizer.
— É muito complicado querida, sua mãe não quer tomar os remédios e isso só piorar as coisas. Mas tá tudo bem eu tô cuidando de tudo... Vamos voltar lá pra dentro? Está muito frio aqui.
Eu assenti, ele levantou deixando todo aquele ar de mistério na quele banco, eu só o segui. Depois de mais algum tempo de festa, percebi um burburinho entre os convidados, intrigada me aproximei do centro das atenções e vi mais uma vez minha mãe em crise. Ela estava agitada e muito desorientada incapaz de se controlar.
Antes que eu pudesse chegar até ela, Wagner me parou me envolvendo em seus braços e sussurrou :
— Eu cuido disso.
Eu segui com os olhos cada movimento dele tentando acalmar minha mãe. Ele estava a um passo de levá-la para fora quando um tumulto repentino tomou conta do lugar, os convidados começaram a a correr em direções diferentes como se estivessem fugindo de algo. Um estrondo de tiro ecoou, me abaixei rapidamente no chão, um dos seguranças correu até onde estava minha mãe, a puxando para fora da casa.
Abaixada sai correndo em direção a Wagner me agarrando aos seus braços, eu estava desesperada e muito assustada com o barulho das balas.
A troca de tiros foi intensa entre um dos homens e o único guarda costas que nos protegia. Eu estava sentada completamente encolhida entre Wagner e uma parede, ele se colocou a minha frente. Quando a munição do criminoso acabou, ele fugiu correndo em direção ao jardim.
Eu me vi ali, agarrada ao peitoral do mais velho, olhando em seus olhos castanhos com toda aquela adrenalina correndo em minhas veias. Uma das mãos dele estavam envoltas a minha cintura e a outra em minha bochecha, eu estava estática cara a cara com ele...
A polícia chegou logo me seguida, aquilo era nada mais do que uma tentativa de assassinato, os únicos danos foram um um carro roubado.
Tanto os seguranças quanto a PF certificaram de que estávamos seguros, mas mesmo assim eu ainda me sentia desprotegida. Estava sentada na mesa da cozinha, minha mãos ainda tremiam como se nada daquilo tivesse passado, vi a sombra passar direto pelo corredor , voltou quando notou minha presença, os passos mansos se aproximaram de mim:
— Já passou o susto?
Assenti:
— Vai ficar tudo bem, estamos seguros agora — sua voz carregava um carinho.
— a polícia sabe oque aconteceu?
— Tentativa de execução.
Ele falou em uma naturalidade fora do comum, como se fosse algo a se acostumar. Ele foi até a sala se servindo de uma bebida, passei por lá sentado no safa do lado dele, ele me olhou sem entender mas sorriu me oferecendo seu copo, aceitei fazendo careta assim que engoli, ele riu .
Eu me perdi na quele momento, nada na quela noite parecia real :
— Foi tão assustador... tô tentando processar tudo.
— foi horrível, mas você foi muito corajosa.
— Eu congelei.
— É normal , você entrou em pânico.
Ficamos em silêncio, a mente dele parecia vagar pela sala :
— Tá pensativo...
— Estou preocupado, não comigo , mas com você e sua mãe, minha prioridade número um é que vocês estejam seguras.
Ainda ficamos conversando por um bom tempo, eu nem sabia que hora era e na quele momento nem importava, lembro de piscar algumas vezes olhando para ele e depois uma casta escuridão tomar conta.
Acordei em movimento, os bíceps envoltos em mim me carregando em direção ao meu quarto, eu estava tão perto de seu rosto que sentia o ar entrar e sair de seu nariz. Poderia sentir seu perfume... estava perto de beija-lo... Quando abri os olhos já estava em meu quarto, Wagner me deitou na cama e me cobriu dando um rápido beijo em minha testa.
— Boa noite Mila.
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𝐌𝐈𝐋𝐀 - 𝙒𝙖𝙜𝙣𝙚𝙧 𝙈𝙤𝙪𝙧𝙖
FanfictionNo coração pulsante de São Paulo, a família Azafri domina o cenário com uma mistura de poder político e riqueza. Wagner Moura, um empresário próspero, se vê preso em um casamento arranjado com Daniela, a viúva filha do influente político Alberto Aza...