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— eu sei que eu não deveria Mila... mas eu ... — ele parecia sussurrar sem saber oque dizer.

— Eu sinto o mesmo por você...

Houve um momento de hesitação, um segundo onde o tempo pareceu parar, e então, sem pensar, nossos lábios se encontraram. Foi suave no início, um toque tímido e exploratório, mas rapidamente se transformou em algo mais intenso e desesperado. Cada beijo era uma mistura de paixão e necessidade, uma liberação de toda a tensão acumulada entre nós.

Ele me puxou mais para perto, suas mãos firmes em minha cintura, enquanto eu envolvia meus braços em volta do seu pescoço, me entregando completamente ao momento. A tempestade lá fora parecia refletir a tempestade dentro de nós, cada trovão e relâmpago intensificando nossa conexão.

Finalmente, quando nos separamos, ambos estávamos ofegantes, os olhos brilhando com uma mistura de surpresa e satisfação.

— Isso... isso não deveria ter acontecido — disse ele, a voz ainda trêmula.

— Mas aconteceu — respondi, meus dedos traçando suavemente a linha da sua mandíbula — E não posso dizer que me arrependo.

Wagner suspirou, passando a mão pelo cabelo.

— Precisamos ser cuidadosos, Mila. Isso... é tão complicado...

— Eu sei — concordei, a realidade lentamente voltando à tona. — Mas pelo menos, por uma noite, podemos esquecer o mundo lá fora?

Ele olhou profundamente nos meus olhos, como se buscando a resposta para uma pergunta que ambos sabíamos que não tinha uma solução fácil. Finalmente, ele assentiu, um pequeno sorriso surgindo em seus lábios.

— Por uma noite — concordou, puxando-me novamente para perto.

Acordei com a luz suave do amanhecer filtrando pelas cortinas do quarto do hotel. Por um momento, esqueci onde estava, mas então, as lembranças da noite anterior voltaram com um flashback .

Me na cama e encontrei Wagner ainda dormindo ao meu lado, seu rosto relaxado e pacífico. O simples ato de observá-lo fez meu coração acelerar novamente.

Lembranças dos beijos da noite anterior tomaram conta da minha mente. Foi uma noite de pura paixão e emoção, mas nada mais além disso. Por mais que o desejo estivesse presente, havia um entendimento entre nós sobre a linha que não deveríamos cruzar.

Decidi levantar e me preparar para o dia. No banheiro, lavei o rosto e tentei domar meu cabelo desarrumado. Vesti minhas roupas, ainda levemente úmidas, e voltei para o quarto. Wagner estava acordado agora, sentado na beira da cama e olhando pela janela.

— Bom dia — disse ele, virando-se para mim com um sorriso caloroso.

— Bom dia —respondi, sentindo um rubor subir ao meu rosto.  — Você dormiu bem?

— Sim, o melhor possível considerando as circunstâncias — respondeu ele, levantando-se
—Vamos descer para tomar café?

Assenti. descemos para o restaurante do hotel. O ambiente era tranquilo, com poucos hóspedes àquela hora da manhã.

O silêncio entre nós era confortável, marcado por olhares furtivos e sorrisos tímidos. Quando o café foi servido, a conversa fluiu naturalmente.

— Sobre a noite passada... — comecei, mexendo no meu café.

— Milena, foi uma noite especial. Mas precisamos ser cuidadosos daqui para frente — disse Wagner, sua expressão séria, mas gentil.

𝐌𝐈𝐋𝐀 - 𝙒𝙖𝙜𝙣𝙚𝙧 𝙈𝙤𝙪𝙧𝙖 Onde histórias criam vida. Descubra agora