Quem Vai Me Julgar? • ⁰²

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𝘽𝙞𝙡𝙡

── Como está se sentindo para o primeiro dia de aula, querido? ── Simone me pergunta, folheando as páginas de sua revista de moda

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── Como está se sentindo para o primeiro dia de aula, querido? ── Simone me pergunta, folheando as páginas de sua revista de moda.

A olho de canto pelo reflexo do espelho e ergo uma sobrancelha, sem acreditar no que tera dito.

── Já perdeu a graça, mãe. Sabe que odeio ter de passar por isso durante toda minha vida ── respondo.

Mais uma vez retiro meu casaco, o jogando com brutalidade na cama, à procuro de outro, ainda não satisfeito.

Bufo outro vez.

── Estava brincando, Bill. Eu sei que deve ser ruim lidar com isso, mas não se esqueça que não é o único.

── É diferente quando meu irmão já pisa naquele lugar com o sorriso maior que a cara, enquanto me obriga a socializar com gente que nem conheço. O pior é ter de mudar de colégio a cada três anos, para completar o ensino médio pelo resto da vida ── digo de uma só vez, soltando o ar que nem lembrava de estar prendendo.

── Opa, eu ouvi um desabafo? ── Tom aparece em meu quarto, ajeitando seu boné sobre a cabeça.

── Bill estava dizendo o quanto ama ir para o Colégio ── Simone zomba e meu irmão ri. ── Filho, sabe que pode arranjar um emprego e até mesmo fazer faculdade se preferir, mas você é quem não quer.

── Nem morto! Se eu começar vou ter de ficar durante anos estudando. Além do mais, trabalhar, não é para mim. Se não fosse por você me obrigar a ir para a escola, eu estaria satisfeito em ficar em casa até minha morte.

── Não mesmo. Vai passar a vida toda dentro do quarto agora? ── rebate.

── Relaxa aí irmão, esse ano vai ser diferente agora que Georg e Gustav mudaram para cá.

── E o que da na sua cabeça de querer me apresentar para a escola inteira?! Não sou obrigado a falar com todo mundo não! ── lanço um olhar feio para o gêmeo.

Mas é claro, que os dois não me levaram a sério.
Outra vez. A risada de ambos preenchem o local. Reviro os olhos sentindo minha dor de cabeça voltar com tudo.

── Vamos logo, maninho ── ele joga seu braço por cima do meu ombro, me dando leves empurrões para fora do quarto.

── Até mais tarde, meus amores! ── Simone diz alto.

── Até!

𝐐𝐔𝐄𝐁𝐑𝐀 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎

TRAÇA-ME | Bill Kaulitz (PAUSADA) Onde histórias criam vida. Descubra agora