- Emília ainda não temos todos os resultados dos exames, porém a cintilografia óssea que é, o que eu mais precisava ver mostra que não existe a doença ou indícios dela nos ossos do seu pai – O diretor do hospital fala e Hyun aperta a minha mão me dando apoio.
- Mas ele sente dores, muitas dores ao ponto de chorar – Digo e o médico suspira.
- Seu pai foi viciado em remédios e o vício o faz achar que está sentindo dor, e só para quando tem mais uma dose de medicamento – Ele diz e isso corta o meu coração.
- Como um viciado em drogas? – Pergunto e ele concorda – Alguma vez na vida, meu pai teve essa maldita doença ou só o fizeram de brinquedo destruído as nossas vidas? – As palavras quase não saem, porque não consigo controlar o choro.
- Eu chamei a polícia e informei o concelho regional de medicina para que seja dado início as investigações, o Doutor Daniel e eu já disponibilizamos todo o material necessário para que você entre com um processo contra o hospital e os médicos – Ele diz.
- Os médicos? – Pergunto sem entender.
- Eu desconfiei dos diagnósticos pedi novos exames, porém nunca insisti para que fossem feitos no meu plantão, isso foi falho da minha parte e o concelho juntamente com a polícia vão decidir se é considerado um crime ou não – Doutor Daniel fala.
- O mesmo comigo, sendo o diretor do hospital era minha obrigação ter controle sobre tudo, e por anos falhei com você e o seu pai – O diretor do hospital fala.
- Mas como ele conseguiu fraudar os resultados dos exames por anos? – Pergunto aflita.
- Não sabemos, por isso será instaurado uma investigação, todos os funcionários serão investigados – Ele responde.
- E os outros pacientes? Se ele fez isso com o meu pai, com certeza ele não é o único.
- Todos os pacientes vivos e mortos do Renan serão reexaminados, todo o trabalho dele será investigado dês do início de carreira.
- E o outro hospital onde ele trabalha? – Pergunto preocupada com quantas vítimas esse canalha pode ter feito.
- Já foram avisados e já estão colaborando – O diretor do hospital fala e então a secretária bate na porta, com a polícia atrás que entra, junto com pessoas do conselho de medicina.
Passo horas dando depoimento, falo sobre as minhas anotações de todos os medicamentos que meu pai tomou durante todos esses anos de internação, vou para casa com Hyun e os seguranças, pego todos os exames e receitas que guardei por todos esses anos, junto com todos os meus bloquinhos de anotações e entrego para a polícia. Hyun me leva para o hotel e se deita comigo enquanto eu choro e procuro em minha mente uma forma de contar ao meu pai, que ele não está doente e muito menos beirando a morte, meu telefone toca e o porteiro do prédio me diz que o meu apartamento foi invadido, corro para lá com os seguranças.
A polícia está presente quando chego, o meu apartamento foi o único atacado do prédio a porta foi arrombada, os vizinhos estão assustados a minha casa está revirada, o doutor Renan sabia que eu era organizada com tudo que diz respeito a saúde do meu pai, ele veio atrás dos exames e os blocos de anotações, conto para os policiais sobre o que se trata e eles confirmaram pelo rádio com a delegacia e ficam horrorizados com toda a história.
- Olha ele está desesperado, sabe que a casa caiu e está transtornado você e seu pai precisam de um lugar seguro para ficarem – O policial olha para os meus seguranças – Vejo que tem recursos para isso.
- Não tenho, meu namorado que tem – Digo e ele concorda.
- Então seu namorado vai precisar proteger vocês, até que esse homem esteja preso – Ele diz e eu concordo, porém não tenho coragem de pedir algo assim ao Hyun, mal começamos a namorar e eu já estou trazendo problemas para a vida dele, termino com os policiais fecho a porta com uma corrente e cadeado que os seguranças arrumaram e então entro no carro onde Hyun me espera.
- Eu escutei tudo, o segurança me ligou para que eu pudesse ouvir a conversa, vamos alugar um lugar para vocês por enquanto eu pedi um quarto no hotel onde estou para você e o seu pai.
- Hyun, me desculpa – Peço envergonhada.
- Desculpa pelo o que?
- Sua vida já não é fácil, e então eu te trago mais problemas.
- Você não tem culpa do que está acontecendo, o único culpado é o desgraçado do Renan, eu não vou te deixar desamparada imagina se estivesse em casa na hora da invasão o que ele poderia ter feito com você, Emília eu estou com você e vou cuidar de você esse é o meu dever, cuidar e assegurar a mulher que eu amo – Ele diz e é inevitável, as lágrimas descem pelo meu rosto.
- Eu preciso ir no hospital buscar meu pai, ele ainda vai precisar de exames e consultas ver o que será feito, para que ele saia do vício em remédios mas eu quero tirar ele de lá – Digo para Hyun.
- Então vamos – Hyun fala e vamos para a clínica particular do diretor do hospital, chegando lá doutor Daniel e o diretor me dizem como fazer as coisas em relação a medicação, que eu não posso simplesmente parar de dar ela para o meu pai de uma hora para a outra, que será necessário um tratamento e como eu quero levar ele para casa hoje e para o show do Hyun amanhã então ele precisa continuar medicado.
Aceito e vou para o quarto do meu pai, ele já sofreu de mais e hoje eu quero que ele esteja em um lugar que não seja um hospital, para receber as notícias que eu tenho para dar a ele, quero que ele se divirta no show do Fênix como tanto quer antes que, o mundo dele desmorone e ele seja submetido aos tempos difíceis que o aguarda.
Seu Vicente é um homem tão íntegro e tão bom, caiu no vício sem saber que estavam brincando com a sua vida como se fosse um rato de laboratório e agora, vai viver todas as consequências de algo que não foi ele que escolheu para si mesmo.
- Papai? – Bato na porta e a abro, ele está jogando com a Magda e sorri para mim.
- Hyun não está cansado do seu encontro com as fãs? – Papai pergunta e Hyun sorri.
- Foi necessário adiar, vamos fazer ele durante a próxima semana depois dos shows de abertura da segunda parte da turnê – Hyun diz e eu olho para ele, eu estava tão preocupada e imersa nessa história do meu pai, que nem me lembrava que ele tinha encontro com as fãs hoje.
- Ah, e o que os pombinhos fazem aqui? – Papai pergunta e eu sorrio para ele.
- Te buscar ué, você disse que queria ir no meu show amanhã – Hyun fala e os olhos do meu pai brilham de felicidade.
- O médico autorizou mesmo? – Ele pergunta e assentamos – Eu te disse que esse tanto de exames, era para ver se eu aguentava o show – Ele fala para Magda que ri, a enfermeira entra para tirar os acessos dele e então Hyun e eu saímos para que ele se arrume, a filha da Magda chega para o turno dela e aguarda com a gente do lado de fora.
Assim que papai fica pronto, assino os papéis da alta pego os remédios dele e seguimos para o estacionamento, entramos no carro que segue para o hotel.
- Não vamos para a nossa casa? – Papai pergunta e Hyun sorri.
- Não quer viver como uma celebridade por um dia? – Papai sorri para ele.
- Cada dia eu gosto mais de você, coreaninho – Papai diz e Hyun ri.
- Isso é bom, já que eu serei o pai dos seus netos – Hyun brinca e papai o olha feio e depois ri, chegamos no hotel e vamos direto para o quarto que Hyun reservou para nós.
- Papai, eu preciso te contar uma coisa – Digo e ele me olha.
- Que você já dorme com o coreano, não se preocupe eu entendo a juventude – Ele diz e eu nego rindo com a mente pervertida do meu pai.
- Não é isso, é algo mais sério sobre a sua saúde.
- Filha vamos curtir o que o Hyun está nos dando e depois falamos disso, eu quero te deixar lembranças boas dos meus últimos dias – Ele fala e eu choro, e então sento em seu colo e o abraço.
- Papai, o senhor não está morrendo os exames disseram que o senhor está bem, que não existe doença em seu corpo – Solto tudo de uma vez e papai se afasta do meu abraço.
- O que está dizendo?
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Querido Idol
RomanceEmília é uma mulher simples e humilde que dês dos seus dezessete anos se dedica a cuidar do seu pai que tem câncer nos ossos, sua mãe a abandonou com seu pai quando ela tinha oito anos de idade e nunca mais voltou ou procurou saber dela, Emília não...