Hyun 15

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No começo da minha carreira antes de cada show eu me sentava em um canto e fechava os meus olhos, eu não orava, rezava ou pedia alguma coisa para qualquer Deus que seja eu só precisava desses minutos sozinho para me acalmar.

Com o tempo eu fui me acostumando e não me importa se tem 10 ou 100 mil pessoas na plateia, eles estão ali para me ver e eu vou oferecer o meu melhor, mas  esse show na paulista me levou de volta para época que eu estava começando, só que a minha apreensão não era pelo público era pelo fato que pela primeira vez na vida existe uma pessoa na plateia que eu quero impressionar.

Recebo o ‘ok’ da equipe de segurança que mandou um dos seguranças brasileiros contratados para buscar a Emília, subo no palco e meus irmãos me apoiam, eu não sou do tipo que fixa em uma garota e já tive tantas na minha cama, que não significaram nem um pouco do que a Emília significa para mim, não sei explicar e nem busco explicações para isso eu só sei que é ela a mulher com quem vou me casar e formar família.

Quando a cortina cai, meus olhos automaticamente são capturados pelos dela, a conexão que sinto é inexplicável, fazemos o pequeno show sem erros é um sucesso o que é ótimo para o grupo, quando acaba os produtores e todos os responsáveis para tudo isso acontecer estão em êxtase, porque mal abriu o site para vendas dos ingressos e está tudo congestionado.

Nada disso me importa no momento, tudo o que me interessa é a Emília, quando a porta da van abre e ela é colocada dentro e eu simplesmente esqueço que eu sei falar ela me abraça e a sensação de ter ela em meus braços é algo inexplicável então sou impulsivo e a beijo, fico com medo de que ela não goste, mas quando ela me puxa e me beija de volta e que beijo eu volto para o mundo porque sei que estamos na mesma página aqui.

Emília aceita passar a tarde comigo e não sei explicar a minha felicidade, com isso eu esperei tanto por isso e finalmente está acontecendo.

- Eu tenho que dizer, as fotos não fazem jus a sua beleza – Hoon diz para ela e eu o encaro – Com todo respeito, cara – Ele diz e ela sorri.

- Vocês são lindos também e mesmo sentados dá para ver que são tão altos, mesmo eu sabendo da altura de vocês nos vídeos não parece que seja tanto assim – Ela diz.

- Onde está seu celular? – Pergunto e ela me mostra viro e o photocard que ela está usando é o meu, os caras riem e ela nos olha sem entender, abro a câmera e então a puxo para mais perto – Sorria – E então tiro uma foto nossa – Quando alguém pergunta quem é seu namorado, mostra essa foto.

- O que? – Ela não se lembra, mas eu me lembro, a van para no estacionamento subterrânea do hotel e subimos direto para as suítes.

- Me desculpa te trazer direto para o meu quarto, mas só assim teremos como conversar em paz – Digo e ela sorri.

- Eu entendo.

- Quer alguma coisa?

- Uma água – Vou até o frigobar e pego a água para ela, nos sentamos na pequena sala que tem no quarto.

- Está nervosa? – Pergunto vendo-a balançar o pé sem parar.

- Um pouco – Sorrio.

- Eu também estou – Digo a verdade – Eu não sou do tipo que enrola para falar sobre algo, e eu quero te dizer que eu gosto de você Emília, vim para o Brasil decido a voltar namorando você – Ela fica calada, ficamos em silêncio por alguns segundos.

- Eu não sou nada parecida com o seu tipo ideal.

- O que?

- Não sou coreana, super magra e branca, não sou alta e fofa, não tenho uma carreira se quer uma formação, ou seja, eu não sou o seu tipo ideal – Ela descreve o meu tipo ideal conforme uma entrevista que dei, quando tinha 17 anos.

Querido IdolOnde histórias criam vida. Descubra agora