Cavalo perdido.

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POV: (S/n). 

Sidon deve ter entendido TUDO errado! Bem, a Kyoko também não deve ter explicado tudo de forma certa, mas caramba, imagino como deve ser estranho para um velho amigo chegar no lar de sua amiga e a primeira informação que obtém dela é que ela está fazendo coisas inapropriadas? Meu Deus. 

(S/n): Corei sem saber onde enfiar minha cara. — Então, Link.. não é bem assim, digo, não foi bem assim. — Link continua me olhando confuso. 

Link: — Quê? Como assim? 

(S/n): — Não foi do jeito tradicional que tentamos, ué. — Isso só pareceu aumentar sua confusão. 

Link: — Então como foi?! Existem outras formas?! — Seus olhos se arregalaram e ele ficou boquiaberto. Fiquei pasma vendo que ele era bastante leigo com relação a este assunto. 

(S/n): — Bem, como posso explicar… como Sidon já deve ter dito, eu e Roy tentamos ter um filho MAS não nos tocamos nem nada porque isso faria mal para mim, porque eu não tinha nenhuma experiência com nada então eu nem quis arriscar. Então a gente foi até a GreatFairy da magia que mora no Deserto para saber se havia algum jeito de tentarmos sem precisar fazer o ato físico, daí… — Fiquei sem jeito com as palavras porque era realmente meio estranho. — Ela só precisava da “substância” de Roy e de resto ela usava um tipo de magia para… ficar em mim. — Falei as últimas palavras rapidamente. — E é isso. Paramos de tentar porque não funcionava, não sei se é porque não usamos o método “normal” ou seila, mas desistimos. Depois disso a gente decidiu que se eu morrer algum dia, alguma de minhas irmãs ou seus filhos ficarão em meu lugar. 

Link: — Oh. — Ele pareceu entender finalmente. — Mas então, quem vai ficar aqui cuidando da fortaleza quando a gente precisar partir? — Eu já estava pensando nisso, acho que sei quem está livre para esse trabalho. 

(S/n): — Vou pedir a Roy pra ele tomar conta daqui, jajá ele voltará pra cá, ele foi apenas levar meu cavalo Sahyun para o estábulo. — Pude ver uma sombra de alívio nele. 

Link: — Que bom, então. — Me levantei e percebi que Link estava ficando suado, talvez pelo calor porque minha casa está logo antes dos portões para o deserto. 

(S/n): — Você está bem, Link? Podemos esperar em outro lugar se estiver muito calor pra você. — Ele passou o antebraço em sua testa, secando o suor. 

Link: — Ah, sim. Para que lugar vamos? 

(S/n): — No meu quarto é mais fresco porque bem, meu sangue Sheikah também não aceita muito calor as vezes. Basicamente em meu quarto tem algo que gera um ar frio. 

Link: — E como isso funciona? 

(S/n): — Com magia, hehe. — Na verdade é com eletricidade, mas achei legal brincar com Link e ele realmente acreditou. — Vem. — Ele se levantou e fomos para o meu quarto, meu quarto era maior. Pude ver que algo em específico chamou a atenção de Link, algo que estava pregado na parede. Ele examinou os ítens, sendo eles uma espada e um escudo de tamanho “infantil.” 

Link: — Esse é meu escudo deku… — Ele passa os dedos sob a superfície de madeira do escudo com um olhar nostálgico. — E a minha espada Kokiri! — ele tirou da parede, parecia tão pequena em suas mãos, ele deu um sorriso largo e alegre. — Você guardou! Você guardou minhas armas! — Link posicionou com o escudo e a espada, chegava até ser engraçado porque era tão pequeno comparado a ele agora. 

(S/n): — É… guardei. Eram as únicas coisas que restaram depois que você se foi. — Comecei a lembrar da sensação de angústia que senti no passado. — Encontrei eles largados no Templo do Tempo, estava tão vazio… só se ouvia aquela canção. Era tão quieto! 

O Deserto e o Tempo - Link x leitora. Onde histórias criam vida. Descubra agora